Um estudo de fase 3, realizado no Chile, observou que indivíduos que tomaram a terceira dose da CoronaVac possuem células T que reconhecem a proteína Spike da variante ômicron, de maneira equivalente à cepa original do coronavírus e às variantes gama e delta, o que indica que o imunizante pode conferir proteção contra ômicron, assim como contra as variantes de preocupação.
O estudo ainda demonstrou que a dose de reforço da CoronaVac induziu o fortalecimento da imunidade contra o vírus, restabelecendo os níveis de anticorpos neutralizantes e células T contra a Covid-19 acima dos níveis obtidos na segunda dose, e que essa elevação na proteção se mantém por, ao menos, um ano após o recebimento da primeira dose.
Os dados são preliminares e ainda não foram publicados, mas já são considerados animadores em termos da capacidade dos imunizados com a CoronaVac de reconhecer os componentes da ômicron.
Essa também é a opinião da imunologista e liderança científica do Butantan, Denise Tambourgi. “Os dados, embora preliminares, sugerem que a CoronaVac é uma proteção a mais contra a variante ômicron; indicam que a vacina induz uma resposta celular”, afirma.