Personagens importantes da história da Polícia Militar de Monte Alto, o Subtenente Barbosa e o Cabo Rodrigues estão de saída da corporação. Após anos de trabalho em prol da segurança do município, eles irão se aposentar no próximo ano.
O Subtenente PM Jorge Barbosa Junior nasceu em Ribeirão Preto, tem 48 anos, é casado com Glaucia Barbosa há 26 anos, tem quatro filhos e dois netos. Nascido em Palmares Paulista, Fernando Luís Rodrigues tem 45 anos de idade, é solteiro e pai de Eduarda Aleixo Rodrigues, de 16 anos; com a aposentadoria, ele passará a ser 3º Sargento.
O Imparcial conversou com ambos, questionando-os sobre assuntos como as trajetórias na Polícia e casos que mais lhes marcaram. Confira, abaixo.
Jornal O Imparcial: Como surgiu o interesse em ser Policial?
Subtenente Barbosa: Desde pequeno, gostava de segurar armas de brinquedo e dizia aos meus pais que queria ser policial.
Jornal O Imparcial: Qual a sua trajetória na PM?
Subtenente Barbosa: Ingressei numa bateria de exames com apenas 19 anos em 1991, começando no dia 15 de julho, e após formado Soldado pela nota em curso, vim parar em Monte Alto em 23 de janeiro de 1992, e aqui trabalhei até 1999. Durante o período na cidade, como Soldado PM, adquiri experiência em lidar com a preservação da ordem pública; nessa época, os ladrões eram ‘educados’, as drogas eram poucas – havendo somente a maconha e, hoje, tem tudo quanto é tipo de drogas, pois as leis afrouxaram e a sociedade sofre com leis que beneficiam os hipócritas e pessoas que desviam da lei. Sendo Soldado, meu sonho era subir na carreira; fui para Ribeirão Preto, minha terra natal, para estudar e trabalhar visando progredir na carreira militar. Em 2001, participei do concurso interno a Cabo PM e, pela promoção, fui parar no Batalhão de Guarda e Presídio – escolta de presos do Carandiru. Já em 2003, em novo concurso interno, passei a 3° Sargento PM, lotado na Freguesia do Ó no 18º Batalhão, permanecendo até 2010; fui promovido a 2° Sargento PM e exerci a função na Força Tática, Fórum de Santana e Comando de Grupo na área do Limão. Já em 2012, após conclusão do aperfeiçoamento de Sargento e com abertura de Batalhões na zona Norte de São Paulo, fui para 9° Batalhão até 2013 e, no mesmo ano, voltei ao interior, para comandar a cidade de Guatapará, no Batalhão 51 Ribeirão Preto. No ano de 2014 fui transferido para o 43° Batalhão de Sertãozinho, classificando em Jaboticabal, comandando grupo patrulha da área e auxiliar do Comando de Companhia de Jaboticabal; com a promoção a 1° Sargento PM, por ser de Monte Alto, sempre apoiava a cidade e, em 1º de Maio 2018, com a promoção do Capitão PM Tayar, fui encarregado de comandar Monte Alto até março 2019; no final do mês, assumiu o Comando de Monte Alto o Tenente PM Ricardo Lopes e, desde então, exerço a função de auxiliar do Comando. No último dia 15 fui promovido a Subtenente PM e, em janeiro me afasto para a inatividade policial.
Jornal O Imparcial: Nesse longo tempo de trabalho, qual ação mais te marcou?
Subtenente Barbosa: Foram várias. Participei da escolta da Suzana Von Richtofen, que matou os pais. Na época em que eu era Comandante do Fórum de Santana, onde acontecia todos os júris da zona norte, teve o marcante caso do Alexandre Nardone e sua esposa – foi uma semana de júri e garantimos a segurança do magistrado Juiz, promotor de justiça, dos parentes, advogados e a dos presos, uma ação bastante elogiada na mídia, dentre outros casos.
Jornal O Imparcial: Quais recordações você levará do trabalho em Monte Alto?
Subtenente Barbosa: Foram vários apoios às equipes de trabalho, na minha função é fiscalizar e apoiar a tropa em tudo contra os que desviam da lei e ajudar ao próximo orientado como proceder.
Jornal O Imparcial: Por fim, qual o balanço que você faz do seu trabalho como Policial?
Subtenente Barbosa: A polícia está no sangue; foi um prazer defender a sociedade paulista no dia a dia. Vou tentar me desligar de tudo, mas é difícil, pois amo o que eu faço. Deus é pelas pessoas do bem e eu sou seu semelhante.
Jornal O Imparcial: Como surgiu o interesse em ser Policial?
Cabo Rodrigues: Desde pequeno sempre vivi no meio Policial; onde morava, em Palmares Paulista, a PM era instalada na frente da casa dos meus pais, então os Policiais sempre foram amigos da família.
Jornal O Imparcial: Qual a sua trajetória na PM?
Cabo Rodrigues: Em 3 de novembro de 1993 comecei o curso de formação de soldado da PM na cidade de Jardinópolis e me formei em 28 de junho de 1994. Em 1º de julho do mesmo ano, me apresentei aqui na ‘Cidade Sonho’, onde fiquei até o momento.
Jornal O Imparcial: Nesse longo tempo de trabalho, qual ação mais te marcou?
Cabo Rodrigues: A ação que mais me marcou foi quando prestava serviço no Fórum local e passaram cinco indivíduos suspeitos que, logo em seguida, iniciaram um roubo no correio da Dr. Raul da Rocha Medeiros; de imediato, deslocados até o local, onde com apoio de vários PMs e PCs logramos êxito em deter todos os indivíduos. Em outro caso, em um patrulhamento pelo bairro Jardim Bela Vista, eu e na época Tenente Tayar, hoje Capitão, suspeitamos de um veículo com dois indivíduos e ao tentar abordá-los, começaram a evadir, sendo realizado um acompanhamento e, com apoio das demais viaturas, foi feito um cerco no pontilhão do Jardim Bela Vista, logrando êxito em detê-los; foi constatado que haviam furtado vários objetos em uma residência.
Jornal O Imparcial: Quais recordações você levará do trabalho em Monte Alto?
Cabo Rodrigues: Serão muitas, entre elas, as verdadeiras amizades que aqui fiz; mas estarei sempre presente na cidade que me acolheu, ‘Cidade Sonho’.
Jornal O Imparcial: Por fim, qual o balanço que você faz do seu trabalho como Policial?
Cabo Rodrigues: Graças a Deus tive participação em várias ocorrências e operações realizadas no município, o que culminou em elogios e medalhas por parte do Comando local e do Comando 43 BPM/I. Agradeço a todos os comandantes que passaram por Monte Alto durante o tempo que aqui servi, sem exceção, bem como pelos amigos de farda, que todos me ensinaram muito sobre o trabalho Policial Militar. Obrigado a todos!