Secretária de segurança pública fala sobre ações de sua pasta no combate à criminalidade

O quanto estamos seguros? Acontecimentos atuais deixaram a população preocupada e com prejuízos em alguns estabelecimentos comerciais

 

Monte Alto passou por momentos preocupantes desde o primeiro dia do ano. Muitos dos estabelecimentos comerciais tiveram suas portas arrombadas, vidros quebrados, equipamentos levados e uma série de preocupações por parte dos munícipes. O Imparcial convidou a atual secretária da Segurança Pública e ex-delegada da Delegacia de Defesa da Mulher, Regina Helena de Souza Marques, para uma entrevista acerca do tema e das futuras atitudes para melhorias e combate à criminalidade.

Dra. Regina, foram registradas uma série de tentativas e furtos, transtornos e arrombamentos aqui em Monte Alto. Como você analisa a situação da segurança pública por agora?
Verifico, como policial há mais de 26 anos, e agora como secretária, que há um ciclo contínuo já esperado por quem lida com a Segurança Pública. Há momentos, como o início do ano, após festas, com o consequente aumento do consumo de bebidas alcoólicas, as saídas temporárias de presos, a atual crise de empregos, enfim, um conjunto de fatores que influenciam no aumento da criminalidade. São situações que se repetem, indesejáveis obviamente, mas que com a atenção devida, são superadas. Em conversa recente com o alto comando da Polícia Militar da região de Ribeirão Preto, soubemos que dentre as cidades que estão sob sua competência, Monte Alto está entre as que tiveram menor aumento estatístico de crimes.

Você se lembra de algum momento anteriormente em que a Segurança Pública tenha se sentido ‘ameaçada’ como tem acontecido?
Sim, vários momentos. Momentos em que tivemos um ciclo de roubos a residências, inclusive com vítimas mantidas reféns, assaltos a mão armada na área rural, até, infelizmente, com vítima fatal, roubos a bancos, enfim… Como eu disse, há momentos de maior insegurança onde cabe às forças públicas estaduais, com nosso apoio, especificamente pela Guarda Civil Municipal, conter e reprimir o avanço da violência. Acredito que O Imparcial, como órgão de imprensa atuante, pode atestar esses momentos pesquisando seus arquivos de notícias policiais ao longo dos anos.

Existem formas de amenizar esses transtornos? Quais as medidas que poderiam ser destacadas?
Sim, existem, e estão sendo feitas. Um trabalho conjunto entre nós, da segurança municipal, em apoio à Polícia Militar, assim como à Polícia Civil, especialmente com a melhora e ampliação no sistema de monitoramento de câmeras, o auxílio ininterrupto no atendimento às ocorrências e chamadas feitas diretamente à Guarda Municipal, a chamada Ronda Rural, uma base conjunta entre as Guardas Civil e Patrimonial no Distrito de Aparecida do Monte Alto, a capacitação da Guarda Patrimonial que já está em andamento. A demanda é grande e nosso efetivo é realmente pequeno para tanto, mas com as parcerias que já existiam, e as que estamos buscando, certamente traremos mais tranquilidade à população.

No geral, Monte Alto sempre foi uma cidade tranquila. Você acredita que exista algum fator que ajudou a contextualizar esse cenário mais preocupante, como a pandemia, por exemplo?
Monte Alto, tendo em vista a situação não somente do Brasil, mas de uma crise histórica global, ainda está classificada nas estatísticas de violência, vide índices recentes, como uma cidade tranquila. Claro que a pandemia, este último ano de tentativas de isolamento social e quarentena, de maior desemprego, do aumento significativo de pessoas em situação de rua e abandono, o medo generalizado incentivado por uma explosão de fake news, trazem maior instabilidade e descrença nos órgãos públicos, o que recai de forma brutal na Segurança Pública, criando um cenário negativo para todos.

Como estão os planos para a nova gestão na questão da Segurança Pública? Há parcerias em mente?
Estamos a todo vapor. Meus diretores do Monitoramento e do Demutran, e meus comandantes das Guardas Civil e Patrimonial, essa a estrutura da Secretaria de Segurança Municipal, estão mantendo as parcerias que já estavam estabelecidas, reforçando as necessárias, mapeando e buscando novos convênios e parcerias. A primeira, já fechada com o tenente Ricardo, comandante da Polícia Militar local, o qual nos atendeu prontamente, possibilitará um primeiro curso de treinamento em análise de imagens para o pessoal que trabalha no setor de Monitoramento e Inteligência.

Além dos furtos frequentes, existe alguma outra questão que você gostaria de pontuar para que seja trabalhada de forma mais urgente?
Gostaria de informar aos munícipes que, mesmo estando há pouco mais de quinze dias como secretária, tenho visitado nossos parceiros, internos e externos, sendo muito bem recebida e contando com todo apoio dos demais secretários, já que estamos efetivamente trabalhando de forma integrada, e das polícias Civil e Militar, com quem trabalharemos numa parceria que sempre existiu e será, certamente, reforçada, pois nosso trabalho, especialmente na prevenção, era o ponto forte na Delegacia de Polícia da Mulher. Talvez o mais urgente seja manter nossas ações positivas e trabalhar de forma transparente para que a população possa buscar as fontes seguras para se manter informada.

A população vem demonstrando uma certa indignação e preocupação com o que vem ocorrendo. Você deseja dar alguma mensagem para os munícipes a respeito disso?
Sim. Gostaria de continuar contando com o auxílio da comunidade, pois partilho com ela a mesma preocupação, e essa mesma população têm nos enviado muitos votos de confiança, em um trabalho que não é meu, mas é coletivo. Estamos apenas começando, e toda mudança causa um esperado desconforto. Nosso foco nunca será procurar culpados, mas encontrar soluções, e é para isso, e por isso, que estamos trabalhando.

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