No sábado, 20 de abril, o escritor, professor e colunista deste semanário, Eduardo da Costa, conhecido por ‘Tico’, participou do festival literário “Fliportela”, que aconteceu na quadra da Portela, tradicional escola de samba carioca. “A Portela lançou o evento no final do ano passado pelas redes sociais e nos principais meios de comunicação. Procurei os responsáveis pela parte cultural, o Rogério e o Almir, e eles imediatamente aceitaram a minha participação. A Fliportela foi o primeiro evento literário organizado por uma escola de samba”, destaca o professor Eduardo.
Promovido pelo Departamento Cultural portelense, o festival contou com debates, leituras, oficinas, saraus, exibição de filmes, artesanato e gastronomia. “O objetivo foi reunir coletivos dos subúrbios e das periferias, além de quem trabalha, produz livros, poesias, saraus, performances e reflexões; o tema foi ‘A diversidade tem muitas cores’, destaca Eduardo, que esteve presente com o seu livro “O colar de Ignis”.
“Aconteceram vários debates sobre os principais temas abordados atualmente, como o racismo, a intolerância religiosa, o papel da mulher na sociedade, machismo etc. A troca de experiências foi enorme. Tive o prazer de conhecer o ícone do samba portelense, Monarco. Próximo de onde eu estava, havia também outro nome do samba, autor de várias composições conhecidas: Marquynhos Diniz, que acompanhava a sua esposa e poetisa. Nas artes, tive a honra de dialogar com Sérgio Vidal, artista que dividiu os caminhos de aquarela com o renomado Heitor dos Prazeres”, comenta o professor.
“O evento não recebeu nenhuma verba pública. A Portela fez um financiamento coletivo, totalizando R$ 34 mil para realizar a feira; a entrada era gratuita. O evento teve várias reflexões sobre os caminhos que as escolas de samba irão percorrer, as dificuldades e a importância que a comunidade tem para passar por cima das crises que envolvem os dirigentes. O público era pluralizado. Havia muitas crianças, já que também teve muita literatura infantil, pessoas de todas as idades e raças. Com certeza foi um passo dado e a ser seguido pelas demais escolas que deverão, sem dúvidas nenhuma, seguir os passos da Águia Azul. Agradeço ainda, enormemente, minha esposa Karina, por estar ao meu lado neste longo caminho literário”, finaliza.