Quem passou recentemente pela Praça Dr. Luiz Zacharias de Lima, conhecida como Praça Central, pôde notar constantes reformas sendo promovidas no espaço.
As obras estão sendo realizadas com recursos provenientes do Governo do Estado de São Paulo, por meio do programa dos MITs (Municípios de Interesse Turístico).
Esclarecendo o porquê de os trabalhos estarem sendo desenvolvidos no local, o diretor de Turismo, Renan Petrasso, em entrevista, deu mais detalhes sobre o andamento das obras.
Dentro do projeto está imbuída a troca das pedras portuguesas de trechos da praça que estão mais degradados, ou seja, pontos que estejam esburacados e em estado crítico.
Com a troca de calçamento em alguns espaços, houve a diferenciação das tonalidades, algo que foi notado pelos munícipes e também pelo próprio Renan.
“O que percebemos na diferença de tonalidade é que o calçamento da praça está extremamente sujo, o que diferencia muito das novas pedras que foram instaladas nos pontos corrigidos.”
Renan falou ainda sobre um processo chamado hidrojateamento, que consiste na limpeza e clareamento das pedras portuguesas, com o objetivo de trazer ao calçamento sua cor original, ou uma tonalidade próxima àquela que tinham inicialmente.
Os bancos da Praça Central também receberão uma atenção especial durante o período de obras. A expectativa é de que eles também sejam hidrojateados, a fim de que retornem ao seu aspecto original, de modo a preservar sua identidade e a história que guardam. “Os bancos são elementos históricos da praça porque eles contam um pouco da nossa história. Se a gente for vendo, cada banco é um comércio que fez história aqui. Então, tudo isso conta uma história”, ressalta.
Renan Petrasso recorda que a reforma da praça, além de aprovada pelo Conselho Municipal de Turismo (COMTUR), foi um desejo do engenheiro montealtense Gustavo Guimarães, que colaborou com a proposta que foi apresentada à Secretaria de Turismo e Viagens do Estado de São Paulo.
Há, no espaço, além disso, o obelisco que reconhece Monte Alto como o berço dos Jogos Abertos do Interior, torneio criado em 1936 por Horácio ‘Baby Barioni’; a fonte de Nossa Senhora de Lourdes, um presente dado ao município; o coreto musical Hermínio Lanfredi, patrimônio tombado, e também as jaqueiras, um patrimônio natural tombado por lei.
“Todos estes elementos serão considerados e emplacados. A pessoa vai chegar na Praça e não vai adivinhar por que dessa fonte estar aqui, o porquê desse obelisco estar aqui, tudo será emplacado com a sua história. Nosso norte do começo dessa obra foi esse, vamos valorizar a história através dos elementos que já existem na praça”, acrescenta Renan.
Novos banheiros também estão sendo construídos e contarão com cabines únicas, sendo destinados a homens e mulheres, ambos dispondo de acessibilidade para indivíduos com dificuldades de locomoção.
A opção de estruturar na Praça Central banheiros com cabines únicas, segundo Renan, visa coibir atos articulados por indivíduos que circundam o local e que não correspondem efetivamente à finalidade de um banheiro, como por exemplo, o repasse e até o uso de drogas ilícitas. Ainda de acordo com o diretor, isto facilitará o controle de “acesso das pessoas a este espaço.”
Questionado se os novos banheiros serão suficientes para atender ao público que comparecer à praça durante os eventos, Renan Petrasso disse que, assim como foi feito em outras ocasiões, umas das opções é a utilização de banheiros químicos.
Outra alternativa elencada por ele é o uso do banheiro do Coreto, por se tratar de um espaço que atenderia a uma demanda maior de pessoas. Neste caso, Renan destaca que uma pessoa seria designada para supervisionar o ambiente, controlando, também, a entrada e saída das pessoas, como já acontece nos eventos de grande porte promovidos na Praça Central.
Em relação ao ‘Jardim Japonês’, o diretor de Turismo afirmou que, embora ele não seja contemplado pelo projeto, devido à premissa de manter a originalidade da obra sem alterá-la, o espaço continuará sendo preservado, mantendo, “de acordo com as possibilidades”, seu aspecto inicial.
O paisagismo do espaço está incluso no projeto. No total, serão plantadas mais de 130 mudas de azaleias, flor símbolo da cidade, além do plantio de 12 pés de ipês amarelos, árvore que simboliza a Cidade Sonho, e outros tipos de plantas ornamentais. O diretor salienta que tudo foi planejado pensando nas particularidades de cada ponto da Praça e na efetividade do dia a dia, contando com o auxílio do secretário de Turismo e Cultura, Thiago Colatrelli.
No que tange à iluminação, a Praça Central receberá 44 luzes de led, distribuídas em 22 postes duplos; a fiação, visando coibir possíveis furtos – algo já registrado no espaço – será subterrânea. Os postes tradicionais do local não serão retirados, tranquiliza Renan.