Com o título “Uma voz em tempos de silêncio de algumas representatividades políticas, eleitas pela tropa policial”, o PM Rafael Miranda Oliveira – professor de educação física, mestre em educação e doutorando em educação física – escreveu um texto em defesa da Polícia.
Confira, com exclusividade, abaixo.
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Maus profissionais existem em todas as atividades laborais. E com certeza, DEVEM ser criticados e severamente punidos. Contudo, não se deve, por atos isolados, insurgir ou permitir discursos de generalização. Não apenas pela incongruência com a realidade, mas também, por ser a forma mais sutil e quase imperceptível para transformar uma categoria em subcategoria, ou profissão de segunda classe, e assim retirar o seu prestígio e autoridade constitucional.
Como dizia Foucault, a primeira forma de controle social passa pelo discurso, pois, ele é uma ferramenta de manifestação do poder e do saber que permite diversas instrumentalizações através do reducionismo da linguagem. “Os discursos são elementos ou blocos táticos no campo das correlações de força” (FOUCAULT, 2011, p. 96). Motivo pelo qual, nenhum discurso é neutro. Há sempre interesses explícitos e implícitos dos seus locutores.
E nos casos que atingem as forças policiais, esses, são frequentemente utilizados por criminosos e viciados em drogas como subterfúgio, para, em defesa dos seus atos inescrupulosos e execráveis, estabelecer uma relação de poder sobre a sociedade de bem, com objetivo de colocá-la contra as instituições policiais e, assim inverter a lógica das coisas – o certo e o errado.
Retomando Foucault (1979; 2009; 2011), temos nesse caso, um exemplo de dispositivo de controle. Nesse sentido, vale apena recordar que, o dispositivo é um conjunto de estratégias racionais que são empregadas para controlar os indivíduos por meio de processos disciplinares, oriundos, de diversas fontes, a exemplo do discurso.
Exposto isto, para melhor entendimento, digo: utilizar, você, meu amigo, minha amiga, para que possam realizar aquilo que os dispositivos legais e culturais de controle sociais não permitem. Sendo assim, convido você à uma reflexão para além dos enunciados discursivos. Sempre faça uma análise da vida pessoal e familiar dos detratores das forças policiais.
Do mais, são imagens como as apresentadas, abaixo, que retratam a verdadeira realidade das forças policiais, e que resumem o cotidiano do meu trabalho. O apreço à vida. Momentos, que muitos dos críticos, jamais poderão experimentar!