Religiosa trabalhou na Irmandade de Misericórdia de Monte Alto (Santa Casa)
entre 1924 a 1926; seu primeiro milagre já foi reconhecido
Muito simpática e alegre, dona Isabel ladeada pelos filhos Lúcio e José
Padre Daniel durante celebração da missa preparada pela comunidade Santa Rita
Está confirmado para 25 de outubro às 10h, na Catedral da Sé, em São Paulo, a cerimônia de Beatificação de Madre Assunta Marchetti, cofundadora das irmãs Scalabrinianas. Em sua história de trabalho e fé, a Madre teve grande participação na Santa Casa de Monte Alto, onde, inclusive, dá nome à maternidade.
Os interessados em participar da cerimônia devem entrar em contato com as Irmãs da Santa Casa ou na secretaria Paroquial do Senhor Bom Jesus até o início do mês. “A Nossa Santa Casa tem como maior orgulho, mostrar para todo o Brasil que na cidade de Monte Alto, o primeiro parto realizado no local foi feito por uma Santa, ‘Madre Assunta’, que continua conosco em todo trabalho realizado nesta entidade”, afirmou a Irmã Luiza Salles Gonçalves.
BIOGRAFIA – A Madre Assunta Marchetti nasceu em Lombrici-Camaiore, Itália, em 15 de agosto de 1871. Através de convite do primeiro provedor da Santa Casa, Dr. Raul da Rocha Medeiros, trabalhou na entidade de 1924 a 1926. Após ficar dois anos, foi transferida para Mirassol. O seu falecimento ocorreu no Orfanato Cristóvão Colombo, na Vila Prudente, em São Paulo, em 1948, onde viveu grande parte de sua vida em meio aos órfãos, enfermos, aflitos e desamparados. Em continuidade ao trabalho iniciado por Madre Assunta Marchetti, as Irmãs Missionárias de São Carlos Borromeu (Scalabrinianas) continuam trabalhando com afinco e dedicação em nossa Santa Casa, bem como na Paróquia do Senhor Bom Jesus de Monte Alto.
VIDA EM ORAÇÃO – Por Ir. Maria de Lourdes Zambiasi – Madre Assunta viveu intimamente unida a Deus porque foi orante, penitente, abnegada e, ao mesmo tempo, viveu sempre inserida no mundo dos necessitados que a buscavam. O fio condutor de sua espiritualidade foi o amor a Deus, concretizado no serviço humilde ao irmão migrante, aos doentes, pobres e órfãos. Só uma graça muito especial de Deus pode explicar o grau elevado de oração de que ela foi enriquecida. Dessa vida de intimidade com o Senhor é que recebia forças para carregar sua cruz com alegria, paz e muita paciência. Sua oração não foi uma evasão, uma fuga do mundo, mas sinal de plena atenção a Deus e ao homem. A verdade e a consistência de sua oração advêm desta dupla fidelidade que a sustentava no seu caminho espiritual e no seu compromisso concreto. Tudo deixa intuir que seu método de oração tinha um caráter Cristocêntrico – Eucarístico – Mariano. Repetia sempre às suas irmãs: “Rezemos muito para que Jesus nos dê a graça de suportar tudo e aceitar tudo de suas mãos”. E ainda: “coragem e confiança, o bom Deus recompensa tudo o que temos feito pela sua glória e pelo bem da Congregação”. Rezava e fazia sacrifícios pela conversão dos pecadores. Sentia na sua vocação missionária a responsabilidade da salvação dos irmãos. A Fé iluminou sua vida inteira.
HOMENAGEM – Dando sequência às realizações de missa nos setores, o padre Daniel Bejo, vigário da Paróquia do Senhor Bom Jesus, celebrou na noite de terça-feira, 2, uma missa na residência da senhora Isabel Toninato Zaniboni. Registros da Santa Casa mostram que ela foi a primeira criança a nascer na Santa Casa de Monte Alto, em 1924, pelas mãos de Madre Assunta. “Foi ela quem me pegou quando eu nasci”, relata emocionada dona Isabel.