Quando a pandemia começou, em 2020, circulava a ideia de que somente os mais velhos eram atingidos com a forma mais grave da doença causada pelo novo coronavírus. Por um tempo esta tendência se confirmou, mas o que se vê agora é a redução na faixa etária dos casos confirmados da Covid-19.
Até o início de 2021, a proporção de pessoas com idade a partir de 60 anos entre os internados sempre foi muito superior a todo o resto da população. Agora, no Brasil, segundo levantamento do Observatório Covid-19 da Fiocruz, a média de idade dos pacientes vem diminuindo progressivamente. As faixas etárias de 30 a 39 anos, 40 a 49 anos e 50 a 59 anos aumentaram, respectivamente, 565%, 626% e 525% entre janeiro e início de março deste ano.
Em Monte Alto, segundo dados divulgados pela prefeitura, a maior quantidade de casos positivos está entre pessoas de 30 a 39 anos; a segunda faixa mais afetada são os jovens de 20 a 29 anos.
A tendência se confirma ao observar a idade dos curados nos boletins epidemiológicos divulgados diariamente. No que consta ao dia 25 deste mês, os 33 curados tinham idade mínima e máxima de 15 e 66 anos.
As aglomerações são apontadas por especialistas como o principal fator de contágios dos jovens durante a quarentena. Além disso, essa faixa etária se expõe muito mais também por estarem trabalhando, devido à retomada dos trabalhos da maioria dos setores. A vacinação também pode ter ajudado para a alteração na idade prevalecente.
A redução na idade média dos internados também impacta no aumento no período que essas pessoas permanecem hospitalizadas. Segundo a Fiocruz, isso acontece porque pessoas mais jovens têm menos comorbidades, o que leva a uma evolução mais lenta dos casos graves e fatais.
Cabe ressaltar que, mesmo com a redução, os dados de mortalidade ainda indicam um predomínio em pessoas acima de 60 anos. Por isso, a necessidade de continuar a vacinação por ordem da idade, visando atingir aqueles que têm mais risco de morte.
Os cuidados já conhecidos de prevenção à Covid-19 devem continuar sendo seguidos.
Especialistas reforçam a necessidade do uso de máscaras, respeito ao distanciamento e isolamento social e cuidado à higiene das mãos.