Junho é o mês dedicado à campanha que reforça a importância do Teste do Pezinho, nome popular da Triagem Neonatal. O exame é responsável por detectar, nos primeiros dias de vida do bebê, possíveis doenças, inclusive graves e raras.
Gratuito e obrigatório em todo o território nacional, o Teste do Pezinho é feito a partir da coleta de sangue do calcanhar do bebê em papel filtro. Essa triagem permite identificar doenças que não apresentam sintomas no nascimento, porém, quando tardiamente diagnosticadas, podem causar danos irreversíveis à saúde do bebê, inclusive déficit intelectual.
A data da coleta é um fator fundamental para que não haja erro no diagnóstico, devendo ser realizada entre o 3º e 5º dia de vida do recém-nascido, devido às particularidades das doenças.
Na maior parte do país, quando feito pelo Sistema Único de Saúde (SUS), o teste é capaz de reconhecer seis doenças: fenilcetonúria, hipotireoidismo congênito, síndromes falciformes, fibrose cística, hiperplasia adrenal congênita e a deficiência de biotinidase.
Em 2021, portanto, foi aprovada a lei que ampliou para 50 o número de doenças triadas pelo SUS. A ampliação acontece de forma escalonada, cabendo ao Ministério da Saúde estabelecer os prazos para implementação de cada etapa.
A ampliação passa a incluir doenças relacionadas à hemoglobina, ao excesso de fenilalanina, ao funcionamento celular, problemas genéticos, atrofia muscular espinhal, entre outras.
A campanha é encabeçada pelo Instituto Jô Clemente (IJC) que, neste ano, promove a sétima edição, com o objetivo de informar e conscientizar o poder público e a sociedade civil sobre a importância do exame, que também possibilita reduzir custos com tratamentos e internações e oferecer acompanhamento aos pacientes nos sistemas de saúde público e privado.