Jornal O Imparcial comemora 50 anos de fundação

Relembre um pouco da nossa história vivenciada em três gerações

 

Relembre um pouco da nossa história vivenciada em três gerações

 

     Onde tudo começou…

   Ele é a segunda letra O de uma sigla forte na cidade, que contribuiu para o seu progresso no ramo gráfico e, subsequente, na imprensa local. Do alto de seus 73 anos, a dúvida de algumas datas existe, mas os detalhes, ricos em informações, se sobressaem. Romeu de Oliveira faz parte da história do Jornal O Imparcial, participando ativamente de sua criação e de seus primeiros anos.
   A história teve início com um grupo de amigos que criou a Gráfica COMTOL em novembro de 1964. Eram eles: Domingos Colatrello Neto (C), Atílio Orlandi (O), Rômulo Pereira Martins (M), Adilson Tiezereni (T), Romeu de Oliveira (O) e José Sebastião de Lima (L). Esse período inicial coincidiu com o fechamento do único jornal impresso de Monte Alto, “A Folha de Monte Alto”, que era rodado em Taquaritinga. Vendo a necessidade de um veículo de comunicação na cidade, e por possuir o maquinário para sua impressão, os amigos fundaram O Imparcial em 14 de fevereiro de 1965. O nome foi um consenso entre todos.
   Dos seis sócios, Tiezerini foi quem tomou a frente do novo projeto, sendo o seu primeiro diretor de redação; Romeu, por sua vez, se tornou o diretor comercial. Com o passar de três anos e devido a projetos paralelos, quatro sócios saíram da empreitada, ficando o Jornal divido em 50% entre Tiezerini e Romeu. A história se manteve até 1973, quando Romeu se tornou o seu único proprietário.
   “Era uma época difícil de fazer o jornal. Começavamos a imprimir na terça-feira, para terminar na sexta e entregar no sábado. Montávamos letra por letra a composição manual com tipos, que após formar a página, imprimia folha por folha.     Com o tempo, passamos para o linotipo, que facilitou os trabalhos”, relembra Romeu. Dos colaboradores da época, ele destaca Marlene Carlos de Oliveira, organizadora das matérias e das páginas, que também coordenava todos os outros colaboradores, Edson Rubens Devazzio, Carlos Augusto Nunes, Jubair Ubiratan Bispo, Bento Manoel de Siqueira, Artur Tiezerini, Luiz Carlos de Vicente, entre outros.
   Sobre o período à frente do Jornal, Romeu destaca que “fico feliz, pois sempre pautamos pela imparcialidade, condizente com o nome do semanário. Fazíamos as críticas necessárias e também elogiávamos quando do merecimento. Acho que isso foi cativando os nossos leitores. O jornal é um visitante que entra todas as sextas na casa das pessoas, trazendo as mais variadas notícias. Ele ficará para sempre na história, podendo ser acessado sempre”.
   Sua saída do jornal se deu em 1.989 , quando o vendeu para Carlos Augusto Nunes, por não conseguir mais conciliar o jornal com a gráfica. Iniciava assim a segunda era d’O Imparcial.

 

O empresário Romeu de Oliveira, um dos fundadores do jornal O Imparcial

 

     De funcionário a proprietário: A “Era Guto”

     O ano era 1989; suas filhas completariam oito anos de idade e novos planos se passavam pela cabeça. Um sonho de adolescente, mesmo a contragosto de seu pai, tornava-se realidade. Carlos Augusto Nunes, o “Guto”, adquiria os direitos do Jornal O Imparcial, o mesmo que ele havia trabalhado como funcionário por vários anos, seja vendendo assinaturas, ou escrevendo textos.
    “Em 1990 nossa luta começou. Compramos uma impressora manual, a Linotipo da marca Nebiolo. Estávamos em meio a inúmeras letrinhas, graxas, tintas, funcionários, montagem da sede, textos redigidos na maquina de escrever… tudo pensado cuidadosamente, seguindo as leis da Imprensa escrita. Assim nascia, a cada semana, O Imparcial”, relata Maria José Garcia Nunes, a “Zeza”, viúva do ex-proprietário. Misses, prefeitos, casamentos, formaturas, aniversários, enfim, tudo era registrado nas páginas do semanário.
     QUEM FOI – “Guto foi um pai maravilhoso, trabalhador, inteligente, íntegro, que nunca pensou nele, somente nos filhos, na sociedade, no engrandecimento de sua querida e amada Monte Alto”, afirma Zeza. A história teve uma guinada em 1996, quando Guto precisou fazer uma cirurgia. “No período ele enfrentou depressão, tristezas e desarmonia na empresa. Entrou em um mundo do qual não quis mais sair. Às vezes até melhorava, chegava quase ao topo, depois escorregava novamente”. 
     Lutando para não se entregar, próximo ao ano 2000, Guto quis modernizar o jornal. “A tecnologia estava adiantada e as mudanças eram nossa meta para 2000. Eu o auxiliava nos trabalhos. Rodávamos o jornal em Araraquara, buscando-o na Rodoviária sempre nas sextas-feiras às 12h30. Muitas pessoas ficavam na porta da redação à espera do jornal”. 
    O ano 2000, que era para ser de transformação, terminou de maneira trágica para a família. “Minha querida sogra, Clarisse, faleceu, e isso foi um grande baque para o Guto, que desgostoso e desanimado, não queria mais trabalhar. Até que em 13 de outubro ele foi vitimado por um AVC no momento que ia buscar mais uma edição do jornal. O nosso mundo caiu”. 
     Eu e meus filhos decidimos encerrar as atividades do jornal, e assim fizemos em dezembro do mesmo ano. “Mesmo já tendo fechado suas portas, atendi um dos últimos desejos do Guto, procurar a filha de Pedrinho Penhalbel, a Denise, pois ele sempre acompanhou o trabalho dela e do seu marido José Renato Seconi frente ao jornal A Comarca de Avaré e acreditava que eles dedicariam ao nosso “O Imparcial” o mesmo carinho e profissionalismo”. 
     Foi o que aconteceu. “E assim, a história da Cidade Sonho continua sendo escrita até hoje. Parabéns meu eterno filho Jornal O Imparcial; continue assim, prestativo para a nossa sociedade. Parabéns aos colaboradores que não medem esforços para, toda semana, presentear as páginas deste “menino”, hoje cinquentenário. Que Jesus continue abençoando a família O Imparcial. Maria José, Emilia Marici, Eline Daiana, Carlos Gustavo, seus pequenos netos, Clarissa, João Neto e Enzo, e tenho a certeza que de lá do alto está ele, nosso querido Carlos Augusto Nunes, sorrindo e aplaudindo o sucesso de seu filho.”

 

O casal Guto e Zeza, que conduziram a 2ª geração do semanário 

 

      O Imparcial em 2001: a notícia de cara nova

     Fevereiro de 2001 e o jornal O Imparcial passa para as mãos de sua 3ª geração: José Renato Sartorretto Seconi e sua esposa, Denise Penhalbel Seconi, assumiram a direção do tradicional semanário que, depois de uma pequena pausa, entrava em seu 36º ano de atividades.
     Confiantes no que dizia o antigo diretor, Carlos Augusto Nunes, sua esposa Maria José e os filhos Emília, Daiana e Gustavo entregaram o título “O Imparcial” ao casal que há 10 anos trabalhava na área de comunicação, como diretores do jornal A Comarca, na cidade de Avaré, juntamente com Maria Helena Seconi, jornalista responsável pelos dois veículos.
    Somando mais um marco à sua trajetória, no dia 2 de fevereiro o jornal O Imparcial circulou sua edição nº 1808, trazendo a “Notícia de Cara Nova”.
     Inicialmente, a sede do jornal foi instalada na avenida José Luiz Franco da Rocha, 387, e passados quase dois anos, em julho de 2003, José Renato e Denise acrescentam mais uma significativa data na história do semanário e inauguraram a sede própria do O Imparcial, localizada no número 478 da mesma avenida, onde está até hoje.
     E, como nem só de boas notícias vive um veículo de comunicação, em abril de 2006 o jornal trazia em suas páginas mais uma grande perda: no dia 13, faleceu seu diretor José Renato, um profissional que muito se dedicou para fazer com que o semanário correspondesse à confiança depositada por seus leitores, assinantes e anunciantes.
    José Renato amava o que fazia, amava Monte Alto, amava seu povo. E, cientes do amor pela profissão e pelo semanário, a esposa Denise e seus filhos Fernando e Mariana impulsionaram ainda mais o trabalho e a missão do O Imparcial, mantendo a qualidade, a tradição e a credibilidade do importante veículo de comunicação da cidade.
     E assim, com fatos, fotos e registros que entraram para a história da Cidade Sonho, o semanário se consolida dia a dia na comunidade por meio do trabalho de sua equipe séria, comprometida com o propósito de levar sempre o melhor da notícia, e hoje, comemora seus 50 anos de circulação.
     “Estar à frente de um veículo de comunicação cinquentenário é uma grande responsabilidade, que divido com meus filhos e minha equipe. Agradeço a todos que fizeram e fazem parte desta história que nos enche de orgulho, sobretudo, à família Nunes, que a nós confiou o ‘O Imparcial’”.

 

Fevereiro de 2001, e o jornal volta a circula, já nas mãos de seus novos diretores, José Renato e Denise Seconi

 

Julho de 2003:  nova sede e mais um capítulo na história do O Imparcial

 

Na inauguração da sede, encontro dos representantes das três gerações:

Zeza e seu filho Gustavo, Denise e José Renato, Romeu e Marlene

 

O diretor José Renato em um dos eventos em que o jornal foi premiado

 

 

 

 

 

 

Registrando

VIVA A VIDA

Pais e familiares do jovem Arthur Neves se reuniram na noite de ontem, 30, por um motivo muito especial: celebrar

CAMPEÃO

A equipe Família Palestra conquistou o título do Municipal de Futebol 2024 em Monte Alto, logo em sua estreia na

PEDAL FELIZ

Na quinta-feira, 10 de outubro, o Rotary Club de Monte Alto realizou o projeto “Pedal Feliz”, oportunidade em que fez

ENCONTRO DE PALMEIRENSES

Está confirmado para o dia 23 de novembro o 2º Encontro de Palmeirenses de Monte Alto, que será realizado no