O mês de janeiro é dedicado à conscientização sobre a hanseníase, doença infecciosa que atinge, principalmente, a pele e os nervos periféricos, como mãos e pés. A campanha ‘Janeiro Roxo’ é responsável por estimular debates sobre o tema, viabilizando o diagnóstico precoce da doença.
A transmissão da hanseníase acontece pelas vias respiratórias – fala, espirro ou tosse -, durante o convívio prolongado com o doente que não esteja em tratamento. A doença é causada pela bactéria Mycobacterium leprae; apesar da transmissão pelo ar, a maioria das pessoas expostas à bactéria não ficará doente.
Entre os principais sintomas estão o aparecimento de manchas na pele, que podem ser brancas, vermelhas ou amarronzadas; sensação de formigamento, fisgadas e agulhadas ao longo dos nervos dos braços e das pernas; e diminuição ou perda da sensibilidade.
O diagnóstico da hanseníase é feito por exame físico geral, dermatológico ou neurológico. A doença tem cura e o tratamento é feito com antibióticos disponíveis gratuitamente para adultos e crianças no Sistema Único de Saúde (SUS).
Existem dois tipos de tratamento: um tem duração de seis meses e é direcionado a pacientes que estão infectados mas que não contaminam outras pessoas, o outro tem duração de 12 meses e é voltado a pacientes que podem infectar outros indivíduos.
O diagnóstico precoce, o tratamento imediato e o acompanhamento de pessoas que têm ou tiveram contato próximo com o infectado é fundamental para a prevenção e para evitar a evolução da doença para incapacidades e deformidades mais graves.
Entre janeiro e novembro de 2023, o Brasil diagnosticou cerca de 19.219 casos de hanseníase; o resultado é 5% superior ao total de notificações registradas no mesmo período de 2022.