Dedicado à construção de uma cultura da saúde mental na humanidade, o Janeiro Branco é uma iniciativa que tem por objetivo chamar a atenção das pessoas, instituições, da sociedade e das autoridades para as necessidades que sejam relacionadas à saúde mental dos seres humanos. A campanha também dá nome ao instituto responsável pela causa.
Em resumo, a meta da campanha é mostrar que, assim como o corpo necessita de cuidados, a mente também precisa. Criada em 2014 por psicólogos de Uberlândia, MG, a campanha escolhe o mês de janeiro pelo fato de ser o primeiro do ano, e por inspirar as pessoas a fazerem reflexões acerca de suas vidas, de suas relações, e dos objetivos que desejam conquistar no novo ano que se inicia. Desse modo, a campanha alerta sobre a importância de iniciar o ano com a mente tranquila e saudável. Em 2023, a campanha conta com o tema “A Vida pede Equilíbrio”.
Incentivar discussões abertas acerca do tema ‘saúde mental’, efetivar ações de conscientização sobre os cuidados com a mente também são os objetivos base da campanha. Especialistas apontam que se conectar com outras pessoas, cultivar relacionamentos saudáveis, ter momentos de lazer, administrar bem o sono e, caso precise, contar sempre com a ajuda de um profissional. Desânimo, ansiedade, alterações no humor, preocupação excessiva e alterações no sono são sinais indicando que seja a hora de dar uma atenção especial à saúde mental.
A busca pelo autoconhecimento também é uma forma de lidar ou até prevenir este problema. De acordo com o Ministério da Saúde, a prevalência da depressão no decorrer da vida, no Brasil, aflige mais de 30 milhões de pessoas; na América Latina, o país é líder em casos da doença, segundo a Organização Mundial da Saúde.
Quem também se faz presente neste mês é a campanha Janeiro Roxo. A iniciativa tem por objetivo informar a população sobre os riscos da Hanseníase – conhecida como Lepra – uma doença crônica infecciosa causada pela bactéria Mycobacterium leprae, e afeta principalmente a pele, os olhos, o nariz e os nervos periféricos. Seus sintomas incluem manchas claras ou vermelhas na pele com diminuição da sensibilidade, dormência e fraqueza nos pés e nas mãos.
Transmitida por gotículas respiratórias no ar – tosse ou espirro –, a doença tem cura, porém é incapacitante, ou seja, o indivíduo fica sequelado caso não realize o tratamento e diagnóstico precoce, que ajuda a diminuir as chances de surgirem incapacidades físicas, bem como auxilia na interrupção da cadeia de transmissão. Caso a doença esteja em um estágio avançado, será necessário o uso de antibióticos, além de fisioterapia e orientações para evitar novas infeções e lesões ao longo do dia. O SUS oferece acompanhamento e tratamento de forma gratuita aos pacientes acometidos pela doença.
A divulgação junto à população da existência da doença, seus sintomas, tratamento e cura é fundamental. A prevenção da Hanseníase baseia-se no exame dermato-neurológico e aplicação da vacina BCG em todas as pessoas que compartilham da mesma residência que o indivíduo contaminado.