Recentemente, dois casos de febre do Oropouche foram confirmados no estado de São Paulo, de acordo com informação da Secretaria Estadual da Saúde divulgada na última quinta-feira, 1º de agosto.
Segundo a secretaria, as infecções foram detectadas em duas moradoras do município de Cajati, na região do Vale do Ribeira. Ambas as pacientes já estão curadas da doença.
Os casos foram diagnosticados através de exames RT-PCR e já foram relatados ao Ministério da Saúde. O Instituto Adolfo Lutz analisou as amostras coletadas e descartou doenças como zika, chikungunya e febre amarela.
As duas mulheres vivem em área rural, próximo a uma plantação de bananas, e não tinham histórico de deslocamento para outras regiões nos últimos 30 dias, o que sugere que se tratam de casos autóctones, ou seja, contraídos localmente.
Segundo o Ministério da Saúde, a febre do Oropouche é transmitida principalmente por um mosquito conhecido como maruim ou mosquito-pólvora. Depois de picar uma pessoa ou animal infectado, o inseto permanece com o vírus por alguns dias. Quando o inseto pica uma pessoa saudável, pode transmiti-lo.
Os sintomas da doença são semelhantes aos da dengue: dor de cabeça intensa, dor muscular, náusea e diarreia. A prevenção consiste em evitar contato com áreas de ocorrência ou minimizar a exposição às picadas de mosquitos, usando roupas que cobrem a maior parte do corpo e aplicando repelente nas áreas expostas da pele. Também é importante usar telas em portas e janelas e limpar terrenos e locais de criação de animais.
Em julho, foram registradas as duas primeiras mortes pela febre do Oropouche no mundo, ambas no estado da Bahia. Em 2024, já são mais de 7 mil casos confirmados da doença, a maior parte deles no Amazonas e em Rondônia.