Em meio ao aumento de casos de febre amarela em macacos na região de Ribeirão Preto, o governo de São Paulo vem intensificando ações de vacinação seletiva e orientando a população sobre a importância de se imunizar antes de visitar áreas rurais ou silvestres.
A febre amarela é uma doença viral aguda transmitida pela picada de mosquitos silvestres, como Haemagogus e Sabethes. Os sintomas iniciais incluem febre súbita, calafrios, dor de cabeça intensa, dores nas costas e no corpo, náuseas, vômitos, fadiga e fraqueza.
Segundo a coordenadora de Saúde da Coordenadoria de Controle de Doenças da Secretaria de Estado da Saúde, Regiane de Paula, os macacos desempenham um papel essencial no combate à doença, pois funcionam como grandes sentinelas para a circulação do vírus.
Ela ressalta que é por meio deles que é possível identificar rapidamente as áreas de risco e implementar medidas de saúde pública, como a vacinação. “Além disso, os macacos não transmitem a febre amarela, e é crucial que sejam preservados”, alerta.
Ao encontrar um macaco morto ou agonizando, a recomendação é acionar a Vigilância Epidemiológica ou os serviços de zoonoses imediatamente.
O governo estadual tem intensificado a vacinação seletiva nas regiões de Ribeirão Preto e Campinas, locais onde foram registrados os casos de macacos mortos por febre amarela. A vacina contra a doença está disponível em todos os postos de saúde do estado e é a medida mais eficaz de prevenção.
Desde 2017, o Brasil adota o esquema vacinal de dose única, recomendada para toda a vida. Pessoas que residem ou planejam viajar para áreas com circulação do vírus devem se vacinar pelo menos dez dias antes da exposição.