O escritor e professor de língua portuguesa Eduardo Costa, conhecido como Tico, somou para a cultura montealtense mais uma vez. Tico lançou seu e-book nomeado como “Soliduscracia”, que está disponível para venda no site da Amazon. Além disso, o professor foi premiado em primeiro lugar em um concurso com o conto de sua própria autoria “O jovem poeta e o pássaro”.
Tico descreve a respeito do que o incentivou a escrever trazendo memórias de quando ainda era adolescente: “A escrita veio em decorrência da leitura. Desde a minha adolescência eu lia muita poesia, mesmo sem entender, às vezes, o que dizia o eu lírico. Sempre fui apaixonado por Vinícius de Moraes. Quando se tem uma bagagem literária, surge a necessidade, também, de se expressar através das palavras. Eu escrevia poesia na minha adolescência para os namoros pueris”, conta ele.
O professor e escritor ressaltou que foi pegando gosto pela escrita, pela composição musical e isso acabou despertando o interesse pela carreira de Letras, que decidiu seguir posteriormente. “Jamais pensei em virar professor. Quando mesclei as minhas paixões – música, poesia e escrita de um modo geral – percebi que eu poderia aplicar todas essas paixões na sala de aula. As letras, eu as fiz apenas para aperfeiçoar a escrita; a docência foi a consequência do amálgama dessas paixões”, conta ele.
Tico também fez uma referência ao novo projeto, que agora é uma realidade. O livro “Soliduscracia” é um observatório poético sobre as muitas coisas que aconteceram no Brasil e no mundo. “Transformei as atrocidades feitas pela mão homem em versos. São poesias que refletem um cotidiano que nos rasga a alma. São fatos e acontecimentos transcritos numa linguagem poética e emotiva. É um olhar figurado para as truculências, a antidemocracia, o feminicídio, a corrupção e o extremismo em todos os campos”, disse ele. O livro está disponível no site da Amazon, uma das maiores referências em marketplace do Brasil e do mundo.
Na experiência como escritor, Tico alcançou resultados expressivos em concursos nacionais e internacionais na categoria contos. Já ficou em segundo, quarto e quinto lugar em outras participações de diferentes editais. “O primeiro lugar, realmente, foi uma surpresa”, contou ele. “Eu me inscrevi num momento de luto, pois perdi minha vó e minha mãe em menos de um mês. Eu precisava fazer algo para me distrair. A literatura foi o meu refúgio. Participei do concurso com um conto chamado “ O jovem poeta e o pássaro”. É um conto que não colocava muita fé. Fui até a lixeira do meu computador e o resgatei. Li, reli e reescrevi. Foi refeito com amor e honra à minha mãe. Este resultado, com certeza, fez-me acreditar ainda mais no meu potencial. Não tanto por mim, mas sim por ela, pelos meus familiares e pelas pessoas que acreditam na minha literatura”, destacou ele.
Contudo, mesmo perante as adversidades que surgem pelo caminho, Tico acredita muito no poder dos sonhos e na força que eles têm para mover o ser humano. “Todo indivíduo que reconhece e acredita no seu dom sonha alto. Não sou diferente. Quero, um dia, poder dar essa mesma entrevista falando sobre outros primeiros lugares em concursos expressivos. Quem sabe um prêmio Camões ou Jabuti! Não custa sonhar. A gente se alimenta de sonhos. É isso que move o ser. Sou feito de carne, alma e sonhos. Quero inspirar outras pessoas. Quero ser reconhecido e não conhecido. Quero que as pessoas leiam o que eu escrevo sem se preocupar quem sou eu. Quero que o meu nome e a minha literatura ecoem; não a minha imagem. Para viver tudo isso temos que acreditar. É um sonho. É possível!”, finalizou ele.
