Por A Cidade On Ribeirão Preto
Por pouco,uma criança de 2 anos não foi levada por uma sucuri de cerca de 6 metros em uma fazenda no interior de Goiás. O ataque a Natanael Lucas Rodrigues ocorreu próximo a um córrego na zona rural da cidade de Vicentinópolis, a cerca de 180 km de Goiânia, neste sábado (18).
Segundo o pai da criança, José Natal Rodrigues Morais, ele, a mulher e o filho foram tomar banho em um córrego perto de casa, onde têm costume de nadar. A criança estava dentro da água, próxima dos pais, quando gritou. Ao levantá-la, Morais viu a cobra enrolada nas pernas do filho. Ele tentou soltar a criança, mas, vendo que não conseguia, falou para a mulher buscar ajuda.
Neste momento, uma viatura da Patrulha Rural da Polícia Militar passava na estrada.
“ELES CONSEGUIRAM CHEGAR A TEMPO E ME AJUDARAM A SOLTAR MEU MENININHO. INCLUSIVE, SE NÃO TIVESSEM CHEGADO AQUI, UMA HORA DESSA ELE ESTARIA MORTO”, DISSE O PAI.
Os pais não conseguiriam salvar a criança sozinhos
O comandante da patrulha que socorreu a criança, o tenente Carlos Diniz Jr., também acredita que os pais não conseguiriam salvar a criança sozinhos. “Era um animal muito grande e forte”, afirma.
O local onde ocorreu o ataque é distante da cidade. “Por sorte do destino, a viatura passava na estrada e ouviu os gritos da mãe.” Os dois policiais tentaram, junto com o pai, soltar a criança. Mas, como era uma cobra muito grande, a única opção que tiveram para salvar o garoto foi matar a cobra com um facão.
A criança foi levada ao Hospital Municipal de Vicentinópolis, atendida e liberada. Segundo o comandante da Patrulha Rural, Natanael não sofreu lesões graves, só os ferimentos da mordida.
Apesar de ser forte, a sucuri não é venenosa. Essa espécie mata por constrição, ou seja, imobiliza e asfixia as presas. De acordo com Morais, o médico receitou apenas anti-inflamatórios para evitar inflamação no local onde a cobra mordeu a criança. “Mas ele está ótimo”, afirma.
Segundo Morais, sucuris não são comuns na fazenda onde moram, mas já houve outro ataque. Há cerca de dois anos, uma comeu seu cachorro às margens do mesmo córrego.