COVID-19: um ano de pandemia

Até o dia 20 de março, cidade registrou 5808 notificações 2766 testaram negativo para a doença, 2.423 foram curados, 473 estão em tratamento da Covid-19

Em 26 de fevereiro de 2020, o Brasil anunciava o primeiro caso confirmado de Covid-19 no país, doença causada pelo novo Coronavírus, confirmado pela primeira vez na China. Já em Monte Alto, a primeira suspeita da doença, foi anunciada no dia 12 de março: uma mulher, de 62 anos, que esteve em viagem a Portugal e apresentava sintomas.
Oito dias depois, a cidade registrava apenas dois casos suspeitos, mas passava uma falsa sensação de tranquilidade. O período era decisivo no avanço da Covid-19 e o governo municipal focava em minimizar a proliferação e o impacto na saúde local. Assim como no âmbito estadual, o então prefeito João Paulo Rodrigues decretou situação de calamidade pública e de emergência em Monte Alto no dia 20 de março.
O decreto possuía validade de, pelo menos, 30 dias e passou a vigorar no dia 23 daquele mês. O que se viu foi um cenário como nunca a maioria das gerações havia visto: comércio fechados, pessoas ‘guardadas’ em suas casas, medo do desconhecido e o incessante apelo para aqueles que pudessem, ficar ‘em casa’.
As medidas emergenciais adotadas na época, foram a suspensão das aulas da rede municipal de ensino, trabalho remoto ou sistema de revezamento de jornadas onde fosse possível, paralisação de todas as atividades econômicas que demandassem aglomeração ou fluxo de pessoas como bares, lojas e academias, com exceção de restaurantes e lanchonetes que poderiam trabalhar internamente e fornecer produtos via delivery.
Nos primeiros meses da pandemia, a população montealtense sofreu com a falta de álcool gel e aumento dos preços do produto nos estabelecimentos que ainda o disponibilizavam.
Ainda em março, com uma grande demanda de exames para detectar o novo coronavírus enviados ao Instituto Adolfo Lutz e consequente demora nos resultados, a Secretaria de Saúde adquiriu os primeiros kits de testes rápidos para a doença, com o intuito de identificar com maior agilidade os casos positivos. O governo municipal providenciou a divulgação de boletins diários, por meio do qual a população acompanha, até hoje, os números da doença.
Foi no dia 1º de abril de 2020 que foi confirmado o primeiro caso do novo coronavírus na cidade. Coincidentemente, o caso também viria a ser o primeiro óbito registrado em decorrência da doença, no dia 12 de abril. Naquele momento, o vírus ainda agia de maneira desconhecida para a maioria da população, mas já havia causado 1.230 mortes no Brasil.
O que se sabia, no momento, sobre o vírus era sua forma de transmissão e como poderíamos, minimamente, nos proteger contra ele com o uso de máscara, álcool em gel e distanciamento social. Um fato que intrigava, e ainda intriga a todos, é a forma como o vírus se manifesta no organismo de cada ser humano infectado. Não há regras quanto à forma de agir, e por isso ele não permite descuidos.
Entre o dilema de salvar a economia ou salvar vidas, a cidade passou por diversas fases do plano de retomada determinado pelo Estado, com várias fases a serem alcançadas. Da vermelha, avançamos até a amarela, passando por mudanças quase que cotidianas sobre quais serviços poderiam ou não abrir as portas para os clientes.
Em agosto de 2020, Monte Alto chegou a 42 notificações e 35 casos positivos em apenas 24 horas, o maior número naquele momento desde o início da pandemia. O mês terminou com dez mortes. No 1º dia de outubro, a cidade confirmou quatro óbitos por COVID-19, o maior número de mortes registrado em um só dia no município. Os meses de setembro e outubro foram os que registraram mais óbitos pela doença: 13 e 14 pessoas, respectivamente, perderam suas vidas para a Covid. O ano de 2020 terminou com um total de 44 óbitos.
Um ano após o primeiro caso ser confirmado, houve muitos avanços e estudos científicos que nos permitiram entender melhor o funcionamento do vírus, mas isso não significa que a situação esteja melhor que antes, muito pelo contrário, o vírus apresenta novas variantes e os trágicos números da pandemia não param de crescer.
Na contramão do mundo, o Brasil vive hoje o pior momento desde o início desta crise sanitária. No país, foram dez mil mortes durante a semana de 28 de fevereiro a 6 de março, o maior aumento de óbitos entre as dez nações com mais vítimas.
E Monte Alto está dentro deste contexto. No dia 9 de março, foram registradas 95 novas notificações na cidade, o maior número desde o início da pandemia.
De acordo com um mapeamento realizado pelo Governo do Estado de São Paulo, os jovens são os principais responsáveis pela disseminação do novo coronavírus nesta nova onda. De acordo com o levantamento, sete em cada dez pessoas que espalham os vírus têm menos de 50 anos.
Atualmente, (os dados desta matéria foram finalizados em 18 de março), a cidade registra 67 óbitos em decorrência da Covid-19. Só nos primeiros 18 dias deste mês, foram 10, o equivalente a quase 15% de todos os óbitos na cidade.
Houve dia que Monte Alto chegou a ter 112% de ocupação dos leitos de UTI. A cidade, atualmente governada pela prefeita Maria Helena Rettondini, está na fase emergencial do Plano São Paulo, no entanto, um Decreto Municipal endureceu as restrições na busca de conter a transmissão do vírus, com comércio não essencial fechado, até mesmo sem funcionar o delivery para este segmento, missas e cultos religiosos suspensos, aulas somente online, entre outras restrições, como a circulação de pessoas por todo o dia.
Um ano depois, o pedido que segue com insistência e ainda pouco entendido por muitos é: se puder, “FIQUE EM CASA”.
VACINAÇÃO – Em janeiro deste ano, a aprovação em caráter emergencial de uma vacina pela Anvisa, a Coronavac – fabricada numa parceria entre o Instituto Butantã uma empresa chinesa, trouxe uma esperança que há algum tempo os brasileiros não tinham e em Monte Alto, as primeiras doses do imunizante chegaram no dia 21 de janeiro de 2021. Hoje, mais empresas já possuem registro para vacinas contra a doença.
A questão é que o Brasil, como um todo, enfrenta problemas em relação à velocidade da campanha de vacinação.
Com o intuito de agilizar a vacinação na cidade, Monte Alto, manifestou adesão ao “Consórcio de Vacinas” para adquirir mais doses contra a Covid-19. O Consórcio, que reúne cerca de 1.700 municípios, permite que os mesmos comprem vacinas diretamente com os fornecedores, caso a cobertura imunológica do Governo Federal não seja suficiente.
Monte Alto está na 6ª e 7ª etapas da campanha de vacinação, períodos em que são vacinados idosos de 75 a 76 anos e 72 a 74 anos.
Mais de cinco mil doses já foram aplicadas no município, com cerca de quatro mil pessoas vacinadas entre primeira e segunda doses, desde que a imunização começou pelos idosos acima de 90 anos.

 

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