O casal acusado de matar o vizinho Fabrício Fernandes de Oliveira, após uma briga por som alto, foi a júri popular na última terça-feira, dia 18. A votação final do Conselho de Sentença, formado por sete jurados, levou à condenação de Marini da Silva Gomes a 14 anos de prisão e de Alex da Silva Bento a 10 anos.
A diferença entre as penas se deu porque os jurados reconheceram que Alex agiu sob forte emoção, uma atenuante que não se aplicou à avalição da conduta de Marini. Por outro lado, a acusada foi condenada por homicídio qualificado por motivo fútil.
A defesa de Marini entrou com um recurso questionando a decisão do Tribunal do Júri que determinou a ela uma pena maior que a do marido. O advogado que defende a acusada alegou que o resultado não reflete o entendimento dos jurados sobre o caso porque eles se confundiram nas etapas de votação.
Já o advogado de defesa de Alex aponta falhas periciais e falta de provas na investigação policial, além de sustentar que seu cliente agiu em legítima defesa.
O crime aconteceu no dia 30 de julho de 2023, quando Fabrício saiu da casa onde morava pela manhã e foi surpreendido por Alex e Marini, que o atacaram usando um pedaço de pau e uma faca. Ele chegou a ser socorrido e levado ao Pronto-Socorro, mas não resistiu aos ferimentos.
Após cometer o crime, Alex Silva Bento fugiu, mas foi preso em Maceió, onde tem parentes, cerca de quatro meses depois. Marini também tentou fugir, mas foi presa horas depois em flagrante.