Candidatos à Prefeitura de Monte Alto: Conheça Maria Helena Rettondini

“Uma Monte Alto Para Todos” é o nome de sua coligação; Dr. Joaquim Roberto de Oliveira é o seu vice para a disputa de 15 de novembro

 

Suplente na eleição anterior, Maria Helena Rettondini assumiu uma vaga na Câmara de Monte Alto ainda em 2017 (primeiro ano da atual Legislatura), após o falecimento de Marcelo Tota. Após esses quatro anos junto ao Legislativo, lançou sua candidatura majoritária para 15 de novembro, tem o médico Dr. Joaquim Roberto de Oliveira como vice. Ela é professora de Ensino Fundamental e tem 43 anos de idade. Confira, na entrevista abaixo, a resposta para alguns questionamentos feitos à candidata, como a escolha de seu vice, qual a mudança mais urgente no município, dentre outros.

Jornal O Imparcial: Porque você optou por concorrer ao Executivo?
Maria Helena Rettondini: Primeiro, por entender que a política é muito mais do que muita gente enxerga: confundir práticas que não favorecem o coletivo com a ação política é um erro, que distancia as pessoas daqueles que conduzem seus municípios. Meu entendimento é que precisamos de pessoas proativas e comprometidas na política institucional, seja em cargos eletivos, seja em representações importantes, como as associações de moradores. Unindo essas convicções e, após construir minhas ideias sobre gestão pública atuando na prefeitura por 22 anos (como professora, coordenadora e diretora escolar, além de coordenadora da Central de Alimentos), pude fazer indicações, requerimentos, fiscalizações e redigir projetos de lei relevantes para a comunidade. A partir daí, e diante do manifesto de insatisfação de muitos montealtenses com a atualidade, entendi que poderia contribuir com novo fôlego no Executivo. A partir dessa decisão, estudei possibilidades de compor chapas e a construção dessa candidatura trouxe essa direção: concorrer como candidata a prefeita de Monte Alto.

Jornal O Imparcial: Como foi o processo de escolha de seu vice e dos partidos para compor a coligação?
Maria Helena Rettondini: Bom, houve muitas conversas, com vereadores e quase todos partidos, sobre possíveis composições. Um dos diálogos, com partidos que hoje compõem a campanha da situação (DEM e PL), tornou-se público – e foi bom que tenha sido dessa forma. Falamos, ouvimos e eu me posicionei: era melhor seguir outro caminho. Naquele momento, ficamos apenas nós, do PTB; porém, já havia um horizonte da desistência de uma pré-candidatura – de um grupo com quem já havíamos conversado, informalmente, antes. Esses partidos acabaram, após conversar com alguns pré-candidatos, se posicionando conosco. Até ali, tínhamos sérias dúvidas quanto a um vice – mas, com a disponibilidade do Dr. Joaquim, isso acabou na hora – tínhamos o melhor vice possível. A única colocação aos partidos que vieram com o PTB (Podemos, PSL e PRTB) era de que respeitamos todas ideias e convicções, e dialogamos com todas. Polarizar, criticar um “lado” não leva a nada de produtivo em termos de governo. O que discordar na condução da Saúde, estadual e federal, ante à pandemia, nos ajudou? Em nada. Me coloco como agregadora de ideais, acolhendo toda e qualquer proposta que seja para o bem da cidade e viável de execução. Pensar diferente, OK. Pensar pela cidade, perfeito!

Jornal O Imparcial: Como você vê a cidade de Monte Alto hoje em dia? Qual a necessidade de mudança mais urgente no município?
Maria Helena Rettondini: Percebo os esforços em se manter o equilíbrio financeiro e orçamentário do governo atual. Isso é sim importante, tendo em vista um panorama de queda de arrecadação, dos reflexos econômicos desse momento de pandemia. Por outro lado, vejo um governo muito distante de sua população, quanto a ouvir e acolher demandas. As pontes de representação da sociedade civil, para além dos conselhos – as associações de moradores – ficaram para trás. Daí a percebermos que, na maioria das vezes, o governo reage a uma demanda, pois é muito difícil, nessa distância de ouvir a população, de agir, ou seja: atacar um problema em seu início, antes que seja uma dor de cabeça ao cidadão. Essa falta de conversa, de olho no olho, faz com que soluções, por vezes rápidas a situações pontuais, ocorram. Vimos isso, por exemplo, nas necessárias mas bruscas (e não precisava ter sido assim) mudanças na gestão do Pronto Socorro, que influíram nos atendimentos. Com o posterior combate à pandemia, vimos o que já sabíamos: temos ótimos funcionários, uma estrutura boa e que, com um trabalho árduo em torno da humanização do atendimento (que parte dos gestores ao funcionalismo e, depois, do funcionalismo à população) poderemos voltar a ser a referência que já fomos um dia.

Jornal O Imparcial: Em caso de vitória, qual a sua primeira ação/ato/projeto que pretende realizar em janeiro de 2021?
Maria Helena Rettondini: Em caso de vitória, estamos certos de que haverá uma curta, porém importante transição, ainda em 2020. Faz-se importante uma auditoria que aponte acertos, gargalos e caminhos para nossa administração. Se a auditoria dá conta da Prefeitura “para dentro”, do Executivo “para fora” a primeira ação é uma assembleia ampla, que esperamos já ser possível de realizar presencialmente; nela, lideranças populares, religiosas, empresários e, sobretudo, as associações de moradores vão pautar questões importantes sobre seus bairros, sobre o desenvolvimento da cidade, a mim, ao Dr. Joaquim e a quem estiver conosco. Será uma retomada dessa relação mais direta entre quem deve servir o público e o público em si – o montealtense. E o desmascaramento de algumas personalidades políticas que insistem em falar de um nosso futuro governo, citando questões e pessoas que sequer passaram pelas nossas ideias. O cidadão, o funcionário público que recebeu mentiras em seu local de trabalho ou num bate-papo nas ruas não vai se esquecer de quem plantou boatos.

Jornal O Imparcial: Você já definiu nomes de pessoas que irão compor o seu governo em caso de vitória? Pode citar alguns?
Maria Helena Rettondini: Não temos como foco definir nomes. Com os pés no chão, devemos focar na solução de problemas e ações afirmativas ao município, através do nosso Plano de Governo. Mas, pensando que dessa vez será apenas um mês e meio de transição, caso sejamos os eleitos, eu e Dr. Joaquim teremos que desempenhar essa montagem de equipe rapidamente. Ao dizer isso, não podemos deixar de lembrar que há pessoas – incluindo candidatos de outras coligações – que mandam, indiscriminadamente, mensagens privadas, como de WhatsApp, “colocando” gente na nossa futura equipe. Como colocar alguém na Segurança Pública, por exemplo, sem consultar as Guardas e a Brigada? Essas pessoas do boato só se esquecem de que, quando falam de outra pessoa, revelam muito mais sobre si mesmas do que fazem parecer verdade o boato que soltam por aí. Pensamos em alguns nomes, temos conversado com vários profissionais de variadas áreas, em busca de nortear nossos passos; exemplo disso foi o papo que publicamos, eu e Joaquim, com a Yayeko Toyoshima, que já foi secretária em Monte Alto e tem um histórico de colaboração com a Saúde Pública em várias cidades. De repente, pode vir a ocupar nossa equipe, por que não? Mas não há nada fechado. Com ninguém.

Jornal O Imparcial: Porque os montealtenses devem votar em você?
Maria Helena Rettondini: “Dever” talvez não seja o termo. Agora, se o montealtense escolher a nós, penso que ele estará buscando um fôlego novo; um governo presente, mais próximo dos bairros, com ações descentralizadas e revalorizando as associações de moradores, com respostas mais rápidas e eficientes desde ao problema considerado de mais fácil solução até a questões mais complexas da administração. Da Saúde humanizada, ao Turismo, Meio Ambiente, cujos potenciais são enormes. Do pacto pelo crescimento do Distrito Industrial, em busca de novos empregos. Integrei muitas ações em bairros da cidade nesses últimos anos e, como vereadora, tive uma atuação com mais de 30 Projetos de Lei, mais de 200 Pedidos de Informações e mais de 400 Indicações pela melhoria do dia a dia de cada um. Penso que uma funcionária pública que, nesses 22 anos, assumiu desafios como direção de escolas e gestão da Central de Alimentos, com a visão e experiência de um homem que integrou a formatação do SUS na cidade (Dr. Joaquim), estará disposta a dialogar, valorizar o funcionalismo e estimular cada um, para que os serviços à população sejam cada vez melhores e sempre com os pés no chão ante aos momentos econômicos de dificuldade que se avizinham.

Jornal O Imparcial: Suas considerações finais.
Maria Helena Rettondini: É um marco na vida de alguém resolver concorrer ao cargo máximo do Executivo municipal. Sobretudo, entendendo que, mesmo com essa missão, devemos ser, realmente, servidores. Mas, também, é triste: ao chegar a um bairro onde realizei atividades com pessoas excelentes por lá, ouvir de outros que certas pessoas estiveram lá dizendo que sou “madame”, que “não gosto de pobre”. É uma prática tão antiga e suja que nos relembra que a velha política ainda está aí, segurando-se com todas as forças para se manter viva, com boatos, churrascos, doações ilegais no submundo da campanha eleitoral. Entristece não por quem segue com mentiras e compra de votos; mas porque há quem repercuta essa maledicência sem nos conhecer e quem troque uma escolha de 4 anos de gestão por uma cesta básica, por horas de diversão. O que sustenta a mim e ao Dr. Joaquim é nossa fé em Deus e também nos homens e mulheres de nossa cidade que, em sua maioria, direcionam sua atenção ao cenário eleitoral e se dedicam a, antes de crer, conhecer nossa história, nossa família e nosso trabalho por Monte Alto. Como nós, querem sorrir novamente, querem rejuvenescer seu orgulho de aqui morarem e, claro, ter um atendimento “olho no olho”, com carinho e eficiência da nossa Prefeitura.

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