Artigo de montealtense ganha destaque em publicação de Paleontologia

Texto aborda uma fotografia da década de 1950 e um fragmento de crânio achado em 1987
Paleontólogo montealtense Fabiano Vidoi Iori mostra a fotografia dos anos 50

Paleontologia e dinossauro são termos que se tornaram conhecidos em Monte Alto, principalmente após a descoberta de um grande fóssil nas margens da estrada para o Campestre Clube, em 1984. O achado da jovem Elvira Franciosi ganhou a mídia rapidamente e todos souberam do potencial paleontológico do município. No entanto, a história de pesquisas na região é mais antiga e um destes achados pretéritos também teve o envolvimento de montealtenses.
Em meados da década de 1950, os trabalhadores da prefeitura de Monte Alto removiam rochas da estrada municipal que dá acesso ao bairro rural da Água Limpa. Durante o trabalho, o coordenador da equipe José Pierre “Zeca” encontrou um fóssil e removeu parte da rocha que o envolvia. Certo de se tratar dos ossos da cabeça de algum animal, entrou em contato com Isidoro Nunes, que foi até o local para fotografar o achado. O registro foi feito e o trabalho de demolição das rochas seguiram. O destino do material é uma incógnita. Isidoro Nunes, na década de 1980, entregou a fotografia ao Prof. Antonio Celso de Arruda Campos e o levou até o local. Ali, em 1987, seria descoberto um fragmento de crânio fossilizado.
A última edição da Revista Brasileira de Paleontologia traz o artigo científico intitulado: “Os Crocodiliformes da Formação Marília na região de Monte Alto, Estado de São Paulo, Brasil”, desenvolvido pelo paleontólogo montealtense Dr. Fabiano Vidoi Iori e pelo saudoso Prof. Antonio Celso de Arruda Campos. No estudo são analisados a fotografia da década de 1950 e o fragmento de crânio achado em 1987. A análise revelou que o fóssil fotografado consiste na parte anterior do crânio de um parente distante dos crocodilos, e o fragmento fóssil é uma parte do teto craniano.
Fabiano explica que o crânio pertenceu a um animal de mais de quatro metros de comprimentos, seu focinho chato e alongado sugere que era uma forma semiaquática similar aos crocodilos atuais, diferente dos seus conterrâneos Montealtosuchus, Caipirasuchus e Morrinhosuchus, todos de hábitos terrestres. Outra peculiaridade do “crocodilão” é que ele foi achado em um afloramento rochoso mais recente, logo, é mais novo que os outros “crocodilos” fósseis da região. As rochas datam de cerca de 70 milhões de anos, são mais esbranquiçadas e encontram-se nas camadas do topo da serra.
“Esta descoberta representa um indicador de como era o ambiente na região no final do Período Cretáceo. Grandes crocodilos semiaquáticos necessitam de rios ou lagos de grande porte para sobreviverem, a partir, disso podemos começar a idealizar o antigo cenário. Infelizmente, não pudemos batizar esse novo personagem da nossa paleofauna porque precisávamos de mais dados e não temos o fóssil para analisar. Resta-nos a esperança que de outro indivíduo desta espécie seja encontrado ou que alguém decifre o misterioso paradeiro do crocodilão da década de 1950”, conclui o pesquisador.

 

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