Ana Beatriz Marangoni já cantava lindamente desde os 8 anos e posteriormente, na escola SESI 227, enquanto aluna, durante o show de talentos. A artista, que também pertence à Companhia de Teatro Musical Magnum, interpretou diferentes papéis em peças apresentadas pelo grupo. Acompanhe, nessa entrevista pingue-pongue, um pouco mais sobre a história da jovem.
O Imparcial: Como começou a sua história com a arte?
Ana B. Marangoni: Minha história com arte… acho que ainda muito pequena, desde muito nova eu sentia algo arder dentro de mim, mas eu não entendia o que era. Eu me lembro de cantar a primeira vez num restaurante, eu tinha uns 8 anos e tinha ido com meus pais. A mulher que estava cantando me chamou e eu comecei a cantar, quando abri os olhos tinham várias pessoas em volta do restaurante, o lugar tinha enchido e eles aplaudiam. Eu fui embora com uma sensação muito boa, mesmo ainda muito nova pra entender. Era como se eu tivesse sido vista e ouvida, pela primeira vez.
Aos 16 anos, eu entrei na Companhia de Teatro por conta de fazer aula de técnica vocal com o Thiago Colatrelli. Me senti muito empolgada pra começar. Eu não sei de onde nasceu todo meu amor por arte ou se ele nasceu comigo. Mas é incrível que toda forma de expressão eu fico facilmente impressionada e, eu preciso correr atrás disso, faz meu coração pulsar mais forte.
Eu interpretei Babet, um espanador (Bela e a fera), fiz uma leoa e um leopardo (Rei Leão), fui dama de companhia da Jasmine (Alladin) e por fim, interpretei uma das maiores princesas da Disney, Ariel. Meu coração é cheio de gratidão e, quando eu olho pra trás, por vezes não consigo acreditar que eu fiz tudo isso e que saiu de mim. E foi lá dentro, no camarim, que eu percebi que havia algo nos pincéis que me chamava atenção. Eu me apaixonei pela maquiagem e pela pintura facial. Trabalhei com isso durante 1 ano, até não fazer mais sentido devido a pandemia. Todo meu amor pelos pincéis eu precisava colocar em algum lugar… Então eu pensei, por que não mudar a tela? Então eu comecei a pintar tudo. Tudo que poderia ser pintado: bolsas, caixas, paredes, qualquer tipo de superfície. E eu entendi meu lugar no mundo. Demorei muito tempo pra decidir a faculdade que iria fazer, nada era tão amplo quanto eu me sentia. E é incrível que a arte resume toda minha trajetória, tudo que eu fiz foi arte, ela me salvou inúmeras vezes, não faria sentido eu escolher outro caminho.
O Imparcial: Você pretende seguir carreira nas Artes?
Ana B. Marangoni: Eu pretendo seguir carreira, até onde eu puder ir. Vou começar a cursar Artes Visuais.
Por que não melhorar algo que eu já amo fazer? Vai ser o maior contato com todos os tipos de arte que eu vou ter, quem sabe eu não encontro mais uma paixão, eu tenho inúmeros sonhos.
O Imparcial: Até hoje, qual parte foi a mais desafiadora para você, enquanto artista?
Ana B. Marangoni: O mais desafiador enquanto artista, acho que é o reconhecimento que é quase nulo quando se está começando. Ninguém te incentiva ou coloca fé no que você vai fazer. Ninguém nunca é bom o suficiente aos olhos de terceiros. Mas a beleza nem sempre está no projeto final e sim no caminho e no ato de tentar.
O Imparcial: Por último, mas não menos importante: quais são suas principais referências enquanto pessoa e artista?
Ana B. Marangoni: Minhas principais referências na música estão entre Adele, Nina Simone, Chico Buarque, Gal Costa, Elis… muitos.
Eu sou muito eclética e consumo todos os tipos de música. Amo música brasileira, amo samba e pagode. Pretendo um dia fazer algo que seja minha cara e imaginar as pessoas me ouvindo cantar, é muito incrível.
Pessoas de todo tipo me inspiram, acredito que nossas referências sejam variadas, coisas improváveis me inspiram e fazem continuar. O cotidiano, o incomum, o engraçado, o triste, o novo, o antigo, por aí vai.