Ansiedade moderna: nomofobia, o aterrorizante sentimento de ficar sem o celular

Transtorno pode afetar a qualidade de vida das pessoas, causando ansiedade, pânico e, em alguns casos, depressão e isolamento social

Seja honesto. Você conseguiria ficar um dia sem usar o celular? E uma semana? Um ano? Que tal uma vida inteira? Algumas pessoas vivem essa realidade de estarem completamente desconexas e desinteressadas com esse tipo de tecnologia. Já outras, o simples fato de sugerir parar de utilizá-lo é motivo suficiente para causar pânico.

Essa sensação tem um nome: nomofobia, derivado da expressão inglesa ‘no mobile phone phobia’. O medo, neste caso, pode se manifestar de diferentes formas, como a preocupação em perder o aparelho, a ausência de sinal e até mesmo com a falta de bateria.

Descoberto pela Psicologia, este termo serve para definir o sentimento de ficar apavorado, aterrorizado ou com ansiedade ao pensar em se desligar de seu smartphone.

Embora não seja caracterizada como um legítimo transtorno mental, assim como outras fobias (medo de aranha, cobra, altura e lugares fechados), a conceituação da nomofobia baseia-se em definições prescritas no Manual Diagnóstico de Transtornos Mentais.

CAUSAS – Os motivos pelos quais a nomofobia se manifesta são multifatoriais. A rapidez com que mensagens de texto são enviadas e recebidas e a constante atualização de notícias contribuem em demasiado para essa condição.

Essa necessidade de estar sempre conectado, sobretudo na busca por validação social também implicam no surgimento desse transtorno. Vale pontuar que pessoas que tenham histórico de ansiedade, baixa autoestima ou se sentem incapazes de lidar com situações difíceis são mais suscetíveis a desenvolver nomofobia.

SINTOMAS – Segundo cientistas, os sintomas da nomofobia assemelham-se ao de outras fobias já conhecidas: ansiedade (sentir-se ansioso ou entrar em pânico ao perceber que o celular não está por perto ou, então, que não funciona corretamente), constante verificação (olhar, constantemente, seu aparelho celular, mesmo quando não há nenhuma nova notificação), comprometimento de atividades (priorizar o uso do aparelho em detrimento de outras atividades diárias), preocupação (pensar, a todo momento, sobre o que aconteceria se ficasse sem celular), e sintomas físicos, como palpitações, suor, tremores e dificuldades para respirar.

Atitudes assim podem demonstrar que o indivíduo desenvolveu dependência emocional e psicológica extrema do celular, e que qualquer situação que comprometa sua utilização, pode sinalizar alterações negativas na qualidade de vida do usuário.

Outro cenário ainda mais prejudicial é o desenvolvimento da nomofobia para outros transtornos, como a síndrome do pânico e depressão; o isolamento social também pode ser um fim preocupante, pelo distanciamento do indivíduo de interações interpessoais, optando por ficar navegando pelo mundo digital.

QUEM É O MAIS AFETADO? – Especialistas reiteram que as pessoas estão cada vez mais dependentes da tecnologia, e isso pode afetar, ainda que de maneira desigual, crianças e adultos.

Contudo, as crianças tendem a sofrer mais com esse transtorno, pois estão numa fase de desenvolvimento, na qual a busca por aceitação e influência de seus pares é maior.

Para os pequenos, é recomendado um tempo de utilização menor, de duas horas diárias e para uso recreativo. Do outro lado, os adultos também estão sujeitos a desenvolver esse transtorno, colimando na improdutividade e dificuldades no trabalho e nos relacionamentos interpessoais.

Ainda assim, para os mais velhos é comum que seja desenvolvido um sistema de gerenciamento do tempo de tela; buscar equilíbrio com atividades ao ar livre – ou offline –, evitando a utilização do celular durante as refeições e, sobretudo, antes de dormir, pode ser uma alternativa palpável.

TRATAMENTO – Uma alternativa para tratar a nomofobia envolve acompanhamento psicoterapêutico; casos considerados mais graves, porém, requerem o uso de medicação.

Para isso, psiquiatras e psicólogos estão capacitados para detectar esse tipo de comportamento. É possível encontrar ajuda e suporte em clínicas de psicologia, centros de saúde mental e hospitais nos quais tenha serviço de psiquiatria.

DICAS – Embora pareçam simples, essas dicas podem auxiliar aqueles que estejam buscando diminuir a dependência do celular.

Estabeleça horários para usá-lo; evite-o durante as refeições e, principalmente, antes de dormir e ao acordar; desative notificações irrelevantes; utilize aplicativos que monitorem o tempo gasto usando o celular, a fim de adquirir consciência de quanto tempo passou “preso” à tela; pratique a desconexão digital, dedicando tempo a atividades ao ar livre, momentos com família e amigos, à leitura e exercícios físicos.

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