Acusado de terrorismo, preso na Ucrânia, já residiu em Monte Alto

Rafael Marques Lusvarghi foi reconhecido pelos colegas de classe
Rafael em vilarejo na periferia de Debaltseve, na Ucrânia (Foto: Reprodução/ Facebook/ Rafael Lusvarghi)

 

Já tem tempo que o programa Fantástico, exibido nas noites de domingo pela Rede Globo, vem levantando o assunto de um brasileiro acusado de ser terrorista e que agora está preso na Ucrânia.

Durante a exibição da matéria, um ex-aluno de uma escola montealtense, e companheiro de turma de Rafael Marques Lusvarghi, de 32 anos, reconheceu o acusado como sendo um de seus colegas de classe.

Rafael estudou em Monte Alto por um curto período de tempo, quando cursou a quinta série, no ano de 1995. Hoje formados, a turma mantém um grupo de Whatss App e após a imagem do ex aluno Rafael ser exibida, um dos integrantes do grupo, Marlon Pala, comentou com os amigos que o reconheceu sendo o amigo de classe.

Os ex alunos comentaram que ele era um aluno muito quieto e que adorava desenhar Dinossauros e anfíbios, segundo relatos, ele e sua família estavam morando na cidade pois o pai trabalhou aqui e devido ao serviço mudavam-se constantemente de cidade.

A escola em que Rafael estudou foi procurada pela equipe do Jornal O Imparcial, mas optou em não comentar sobre o assunto .

Veja reportagem de sua condenação

 

O ACUSADO  (com informações do G1)

Aos 18, Rafael se alistou na Legião Estrangeira, na França, onde serviu por três anos. Na volta ao Brasil, foi soldado da Polícia Militar de São Paulo, entre 2006 e 2007. Depois tentou a carreira de oficial na PM no Pará, mas abandonou em 2009.

Em 2010, ele seguiu para a Rússia para estudar medicina. Tentou entrar para o exército russo, mas não conseguiu e voltou à América do Sul. Afirmou ter entrado no território colombiano, onde ingressou nas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).

Descontente, retornou ao Brasil. Começou a dar aulas de inglês e trabalhar numa empresa de informática em Indaiatuba, interior paulista. Mas após ter sido preso pela PM em junho de 2014 durante os atos anti-Copa, perdeu os empregos.

Rafael chegou a ficar 45 dias preso, mas a Justiça de São Paulo o absolveu das acusações de incitação ao crime, associação criminosa, resistência, desobediência e porte de material explosivo.

Depois de solto, em setembro de 2014, Rafael viajou a Ucrânia, onde lutou com os militares pró-Rússia. Enquanto esteve combatendo nas forças separatistas, ele chegou a ser ferido. Ficou no país até o acordo de cessar fogo ser assinado. Voltou ao Brasil e seguiu novamente a Ucrânia, após receber proposta de emprego para ir ao Chipre.

Segundo nota do Serviço de Segurança da Ucrânia, Rafael foi preso no aeroporto quando entrava no país. Ele foi detido por agentes do Serviço de Segurança da Ucrânia e do Serviço de Fronteiras do Estado. Com o brasileiro foram encontrados passaporte estrangeiro, uma medalha por serviços de combate e e um laptop que tem uma conversa com representantes de grupos terroristas.

Desde o início da guerra na Ucrânia, em abril de 2014, a Organização das Nações Unidas (ONU) registrou 9.640 mortos e 22.431 feridos entre membros das Forças Ucranianas, civis e de grupos armados. A Ucrânia e outros países do Ocidente acusam a Rússia de enviar tropas e apoio aos rebeldes, o que o presidente russo, Vladimir Putin, sempre negou.

 

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