Zezo Coelho: o trabalho e as lembranças

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IMG_0394José Eduardo Coelho, mais conhecido como Zezo Coelho. Nasceu em 18/11/1952, filho de Jayme Coelho e Rosa Giraldi Coelho. Tem quatro irmãos: Airton (falecido), Jayme, Paulo Roberto e Luís César. Casou-se pela primeira vez com Maria de Lourdes Bertate e da união nasceram os filhos Patrícia e Luis Henrique e o neto Matheus. É casado atualmente com a Profª. Maria José Montenegro. Iniciou os estudos na Escola Estadual Jeremias de Paula Eduardo, sendo da terceira turma após sua inauguração. Estudou um ano na Escola Estadual José Luiz Zacharias de Lima, fez o seminário Irmão Marista em Brodowski. Entretanto, devido a problemas de saúde, voltou para Monte Alto e foi estudar na Escola de Comércio, onde fez até o segundo técnico de Contabilidade. O último ano do curso concluiu em Ribeirão Preto, no Colégio São José. Em 1979 graduou-se em Direito pela Unaerp.

Primeiro Emprego – “Meu primeiro emprego foi na Quitanda Santa Maria, de propriedade do José Fernandes e do Omar Buchala. Ela ficava na esquina da Gustavo de Go
doy com a Nhonhô Livramento. Na quitanda, além da venda de frutas e legumes, tinha a seção de lataria, isto é, óleo, extrato de tomate, etc. Naquela época, os clientes faziam suas compras e a gente anotava a despesa na ‘cadernetinha’, e eles pagavam no fim do mês, outros preferiam comprar à vista, mas não tinha problemas com calotes nas vendas a prazo. Depois eu fui ajudar o Rui Vieira no Cartório Eleitoral, durante três meses eu o auxiliei. Em seguida, fui trabalhar na Gráfica do Nadir de Andrade (in memorian), que ficava quase em frente onde hoje é a Loja do Perina. Ele era uma pessoa muito perfeccionista, não aceitava um erro. Trabalhei também na Gráfica Comtol, que na época lançou o Jornal O Imparcial. Eu ajudava a distribuir o jornal na cidade. Grande parte da população assinava O Imparcial, pois era o único no município. Quando saia alguma matéria de grande impacto político, muitas pessoas procuravam a gráfica logo cedo para comprar o exemplar”.

O TRABALHO COM DR. MAZZA – “Em 1975, fui trabalhar com o Dr. Antonio Mazza, como desenhista projetista. Fazíamos projetos para Jaboticabal, Taquaritinga, para toda região… ele tinha até escritório na cidade vizinha de Jaboticabal. Ressalto aqui, Alencar, que a sede do CREA daquela cidade foi idealizada e construída pelo Dr. Mazza. Nesta época eu cheguei a ser sócio dele. Em 1980, eu abri um escritório de advocacia junto com o Paulo Curti, na rua Herculano do Livramento. Trabalhando em outras atividades, montei uma madeireira em Ribeirão Preto e também fui funcionário da Coopercitrus e trabalhei na administração do Monte Alto Clube”.

FUNCIONÁRIO PÚBLICO – “Prestei concurso público na Prefeitura na área de Fiscal 1, depois para Fiscal de Tributos e Renda, e prestei também para Fiscal 2, cargo que exerço até hoje”.

A construção da Vila Municipal – “No último governo do Dr. Mazza, ele abriu um quarteirão da Vila e fez a doação para os funcionários municipais com mais de cinco anos de trabalho na prefeitura, que não tinham condições de adquirir uma casa. Para estas pessoas foram doados os terrenos e até os projetos”. E assim, nasceu a Vila Municipal”.

Guarda Mirim – “Participei da primeira turma da Guarda Mirim. Por incrível que pareça, embora fossemos crianças, íamos ao campo de futebol e organizávamos a torcida para que todos se mantivessem de maneira ordeira, tínhamos o respeito. Auxiliávamos também no trânsito da cidade”.

A Vila Tabuinha: Lembranças – “A Vila Tabuinha era localizada na Avenida Comendador Bonfiglioli, passava pela Hutchinson Fábrica 1, e hoje interrompe no Barracão do Dellavechia, mas antes, ela seguia até o bairro da Tabarana. Lembro-me que as casinhas eram feitas de tábuas de bacalhau e de mamão. Éramos criança e brincávamos por lá”.

Recordações – “Apesar de aquele tempo a parte financeira ter sido difícil, sinto saudades da época da juventude. Era gostoso aquele ‘footing’ no jardim, íamos no cinema e voltávamos direto para casa, o ingresso custava três cruzeiros e normalmente nós pagávamos com uma nota de cinco para voltar com dois cruzeiros… É uma lembrança muito boa”.

A convivência com o saudoso Gilberto Morgado – “No final dos anos 60, durante a época do colegial, havia o Grêmio Estudantil Rui Barbosa. Antes do início das aulas e também nos intervalos eu e o Gilbertão colocávamos caixas de som no pátio. Eu era o sonoplasta, colocava as músicas e ele falava, era tipo uma rádio; ele apresentava as músicas, dava alguns recados, inclusive de aniversariantes do dia, era muito divertido”. Em 2005, voltamos a conviver juntos, pois passei num concurso da prefeitura e em seguida ele foi eleito prefeito. A notícia do falecimento deste homem idôneo foi muito triste, porque eu tive que cuidar da parte do sepultamento, de toda a documentação, já que eu trabalhava na parte de planejamento municipal. Foi muito doido para mim”.

Mensagem – “Perseverança. Que os jovens tenham afinco e determinação com as tarefas. Vivam a vida com objetividade, sempre”.

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