Desde quando inicie na minha profissão, sempre tive colegas de trabalho na qual eu admirava muito. Eu ficava fascinado com a postura, a segurança e o domínio de conteúdo que muitos deles tinham. Era fascinante. Eu me espelhava naqueles profissionais e deseja passar mais tempo ao lado deles para adquirir experiência. Porém, devido a grande competência, a docência os levava para respirar outros ares. Entretanto, eu sempre buscava outras referências pelos caminhos que eu percorria. Neste trajeto, continuava a me encantar com alguns e me decepcionava com muitos.
Há certos profissionais que desejam somente o brilho. Não gostam de disputar holofotes com ninguém. Sentem ciúmes se um colega de trabalho se sobressai naquilo que exerce com o amor. É o tipo de profissional que precisa ter o seu ego alimentado diariamente. Ele torce para que algo dê errado com o outro. Comemora as quedas e as aproveita para se vangloriar no ambiente de trabalho. Infelizmente, este tipo de profissional também existe no corpo docente de uma escola. E às vezes, meu caro, a sala de professores se torna o pior ambiente deste oficio maravilhoso.
Não é fácil lidar com professor. Existem muitos que já estão saturados da profissão. Já não aguentam mais os falatórios das crianças, das piadas sem graça e do mau comportamento. Em partes, eu até atendo. Mas não concordo com nenhum tipo de disputa que venha a acontecer para ver quem é melhor. Isso não existe. Dentro de uma escola não há competição, mas sim união. O objetivo de todos os profissionais da educação é o mesmo: proporcionar uma educação de qualidade aos nossos alunos através da nossa vocação. Sim, é vocação. E estes que por ai ficam tentando desestabilizar o verdadeiro professor não conhecem o verdadeiro significado da palavra. Ser professor é professar. É atar os nós para que se construa uma nação sólida e cheia de esperança. Estes que ficam atravancando o nosso caminho, nunca passarão. Nós, passarinho, passaríamos.