Elizabeth II nos deixou. Dificilmente veremos novamente uma figura pública tão simpática e elegante quanto ela. Mais do que isso, era ela linda! Ainda que não fosse uma rainha, mas uma mulher comum e, por causa disso, tivesse a pele menos cuidada, os cabelos brancos um pouco amarelados pelo sol e as mãos marcadas pela lida do dia a dia, ainda assim ela seria linda, aquela avó fofinha que todo mundo quer ter e que faz bolinhos de chuva maravilhosos, até em dias de sol.
Ela é a imagem da pessoa que soube envelhecer e conviver bem com a velhice. Não pintou os cabelos, não usou botox, não fez plásticas e nem tatuagem de hena nas sobrancelhas. Foi amadurecendo como as folhas de outono, com todo o encanto que a velhice proporciona a quem não briga com ela.
A despedida da rainha é também a despedida de uma época, de um modo de governo, da presença de um mundo que já não existe. Ela foi a rainha simbólica do Reino Unido e de um pouco mais de uma dezena de países que já pertenceram à coroa britânica, mas, mesmo politicamente independentes, não se tornaram repúblicas e continuam compondo os domínios da monarquia inglesa.
Até quando a realeza continuará existindo nesses moldes, não sabemos, mas podemos imaginar que, por mais extraordinário que o ex-príncipe e agora Rei Charles consiga ser como monarca, Elizabeth II só existiu uma e ela já não está entre nós, portanto, um capítulo da história humana se encerrou.
A realeza britânica em nada nos afeta, mas, a presença da rainha sim. Ela, ao longo de seus 70 anos de reinado, era também um pouco nossa, um pouco do mundo inteiro. Após o anúncio da sua morte, na quinta-feira, muitos falaram bem dela e, claro, não faltou quem falasse mal e a culpasse pela colonização de vários países, pela escravidão, pela queda do Império da Babilônia, pela erupção do Vesúvio que destruiu Pompeia e o incêndio de Roma. Ou seja, sempre vai ter gente que usa até a morte de pessoas importantes para conseguir seus 5 minutos de fama, achando alguma coisa para criticar quem partiu.
Ela foi o que foi, uma rainha, e cumpriu bem o papel que lhe estava destinado na vida. Muitas lições podemos tirar do seu legado: comportamento ético, discrição, diplomacia, simpatia, pulso firme. Uma grande mulher. Uma rainha que atravessou gerações e permanecerá na lembrança de muitos.
Continue lendo com atenção, o que vem a seguir é muito importante:
Mas, como diz o título do artigo, não vou falar apenas da rainha, mas de um pequeno plebeu, João Gabriel, de apenas seis anos de idade, 90 a menos que Elizabeth, cuja vida, me entristeceu mais que a morte da grande monarca do Palácio de Buckingham.
João não mora em um palácio, mora numa casa pequena, com seus pais e seu irmãozinho um pouco maior que ele. Por não ser um nobre, não precisa cumprir protocolos e pode fazer o que lhe der na telha. Bem, podia, agora já não pode mais.
João está doente. Está perdendo a força muscular e o movimento das pernas. Cai o tempo todo e, aos seis anos, precisou voltar a usar fraldas. O seu caso é grave. Está fazendo fisioterapia todos os dias, mas corre o risco de ir para uma cadeira de rodas.
O que o João tem? Os médicos ainda não sabem. Foi detectado um pequeno tumor na cabeça, mas não se tem certeza de que é ele que tem causado a dificuldade para andar ou apenas se manter em pé sem cair. Como ele nasceu prematuro, os médicos trabalham com a hipótese de ele ter tido uma paralisia cerebral ao nascer, cujos sintomas estão aparecendo agora.
Ele já fez vários exames e precisa de outros para fechar o diagnóstico. São exames que não dá para fazer no SUS, somente particular.
O pai não tinha convênio médico. Conseguiu fazer um convênio para o menino mês passado, mas, por ele ter essa doença pré-existente, terá de cumprir uma carência de seis meses. Tudo é caro, as consultas com o neuropediatra, os exames, o tratamento.
Você deve estar se perguntando por que eu estou lhe contando isso e o que isso tem a ver com a morte da rainha. De certa forma, não tem nada a ver com a morte da rainha e, de certa forma tem, porque mostra os contrastes, os opostos. Não, não acho que todos devem ficar ricos ou que a família real deve ficar pobre. A divisão igualitária de bens era tese da antiga filosofia comunista, que não me norteia.
A rainha morreu e não podemos fazer nada com relação a isso, nem mesmo mandar nossas condolências. Podemos apenas desejar que sua passagem para o outro lado do castelo a tenha levado ao Céu e rezar por sua alma. Mas, pelo João Gabriel, podemos.
O pai dele, seu Valmir, é amigo do meu filho. Um homem simples, um motorista, muito boa pessoa. Ele e a esposa estão desnorteados com a situação do filhinho e completamente sem dinheiro, por isso estou lhe contando essa história, para pedir a sua ajuda.
Vou colocar os dados do Pix dele aqui, e vou deixar o meu e-mail, se você quiser mais informações. Se você puder ajudar – na verdade, pode, sempre podemos ajudar com alguma coisa – então, se você quiser ajudar, e espero muito que queira, envie o valor que lhe for possível. Há anos escrevo neste jornal e nunca pedi nada, mas, dessa vez, tenho que fazer isso. Ajudei com o que podia, mas, a batalha deles está apenas começando e eles precisam muito mais do que a pequena ajuda saída de minha pequena aposentadoria. Por favor, lamente a morte da rainha, mas me ajude a ajudar essa criança!
Conto com você! Que Deus salve a rainha e sensibilize todos os que lerem este artigo a ajudarem a salvar o João! Desde já, muito obrigada!
AJUDE O JOÃO GABRIEL!
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VALMIR MATOS BEZERRA (pai)
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