Minha alma vive despida
livre de qualquer adorno
ou veste.
Sou em tudo transparente
ainda que nada mais me reste.
Me visto de sentimentos
cubro-me com a leveza do amor
procurando dar à minha alma
a candura da flor.
Nada faço que me envergonhe
quero da vida a verdade,
uma verdade sempre à mostra
sem nenhuma falsidade.
Sou agasalho de mim mesma
sem máscaras
ainda que padeça
o calor ou o frio
dos desenganos.
Vivo os meus princípios
(verdadeiros ou falsos…)
não comungo a meia mentira.
Como nasci assim permaneço
e certamente esta veste nua
fará com que encontre um dia
a verdade que tanto procuro…