Sueli Arruda Frascá, nasceu em Novaes/SP, no dia 17/11/1964, filha de Aparecido de Arruda e Aparecida Luzia Pavarini de Arruda. Aos 10 anos de idade mudou-se para Monte Alto e aqui casou-se no dia 16/07/1983, com José Henrique Frascá (in memorian), com quem teve dois filhos: José Henrique Frascá Junior e Rafaela Cristina Frascá.
ESTUDOS – “Minha primeira escola, quando vim para a cidade, foi o Sesi e depois, mudei para a Escola de Comércio. Me lembro de alguns amigos de infância: Sandra Bizzo, Izilda Frezarin, entre outras. Me lembro também de todos os professores do Sesi, inclusive a diretora Dona Marisa Cestari”.
EMPREGO – “Meu primeiro emprego foi no Fórum, no Cartório Distribuidor, em 1979; em seguida, me casei e fiquei dois anos afastada. Comecei a trabalhar na OAB no dia 01/08/1985, quando a OAB ainda pertencia a Jaboticabal, e tinha como presidente o Dr. Botino; já faz 32 anos que trabalho aqui (a entrevista foi realizada na sede da OAB).
Em 1987 foi criada a 158ª Subseção da Ordem dos Advogados do Brasil em Monte Alto, o Dr. Aniz Haddad era o presidente, ele venceu a primeira eleição. Nós trabalhávamos numa pequena salinha dentro do Fórum, só tinha uma mesa e uma máquina de escrever. Depois de um tempo que veio uma máquina de xerox e passamos a ter uma renda. Daí, ganhamos outra sala e até um banheiro privativo para os advogados. Quando inaugurou a 2ª Vara, nos mudamos pra lá, era uma sala maior. Na época em que o Dr. Ulisses era o Juíz e Presidente do Fórum, ele tirou a OAB de lá por falta de espaço e então viemos para cá, onde estamos até hoje, local que foi denominado Casa do Advogado e da Cidania, porém, continuamos com uma sala para atendimento na 3ª Vara e no Juizado, bem com no Fórum de Pirangi que agora virou Comarca”.
A OAB – “Hoje a procura é bem maior do que antigamente pelos atendimento da OAB, atendemos cerca de 30 a 40 pessoas por dia; principalmente na área de família, que envolve pensão alimentícia, divórcio, guarda de filhos. Hoje a mulher é muito independente, não fica mais sofrendo em casa, ela vem procurar os direitos dela, e aqui, encontra suporte para suas reivindicações.
Temos 240 advogados inscritos, todos os dias atendemos plantão e fazemos a triagem das pessoas e todas as sextas-feiras tem uma comissão com os advogados para deferirem ou indeferirem os pedidos que, se aprovados, são encaminhados para o advogado definido através de uma ordem.
O atendimento na OAB é para pessoas carentes, para quem ganha até três salários mínimos, é preciso comprovar a renda, para a comissão analisar e poder ter o atendimento”.
PROFISSÃO E O MERCADO DE TRABALHO – “Nos dias de hoje, são muitos jovens que se formam em Direito com a criação do curso nas faculdades da região. O mercado ficou muito competitivo, há muitos profissionais na área, e é difícil; eu vejo pelo meu filho, que é advogado, já ficou com o escritório do pai, a ‘carteira’ de clientes e mesmo assim, é difícil tocar um escritório de advocacia em Monte Alto, claro que há as exceções para os mais antigos”.
AMIGOS – “Conhecia Dr. Júlio Raposo do Amaral, ele era uma pessoa muito boa, inteligente, eu gostava muito dele. Cheguei a trabalhar com ele e hoje trabalho com os netos dele. Dr. Júlio Raposo do Amaral Neto e Dr. Marcos Raposo do Amaral.
A MODERNIDADE – “No meu tempo toda publicação de processo era feita no Diário Oficial, todo dia vinham 4 ou 5 jornais e nós tínhamos que ler, fazer os recortes e depois o advogado passava para ver. Tinha que ler os processos de todas as cidades para comunicar o advogado da publicação. Hoje, com a modernidade, vem tudo online. Facilitou a vida de todo mundo.
Para os advogados mais jovens os acessos online ficou melhor, mas para os advogados mais antigos, acredito que tenham uma certa dificuldade. Para a OAB esse processo dificultou, agora eles estão querendo dispensar funcionários porque o serviço diminuiu muito, antes tínhamos que digitalizar, tirar cópia, e agora o próprio advogado faz tudo pelo celular”.
SAUDADES – “Gostávamos muito de frequentar os jantares do Lions, as festas de Agosto, o Carnaval do Monte Alto Clube, participei bastante destas festas”.
A JUVENTUDE – “Não tinha muito o que fazer, saia pouco de casa, frequentava o cinema, o Turcão, ia na sorveteria, nossa diversão era isso, 10 horas já tinha que estar em casa”.
MISS CENTENÁRIO – “Fui escolhida pelo Campestre para representar o clube no Miss Centenário da cidade. Foi uma noite incrível, o Ginásio de Esportes Baby Barioni estava lotado! Estávamos em umas 15 candidatas, a Marisinha Cestari que ganhou. Umas das pessoas que estava organizando o evento era a Develina Inforçatti, que ajudou a ensaiar as meninas. Ela e o Zé Lucenti (Zé Caqui), que época era locutor na Rádio Cultura de Monte Alto, apresentaram o desfile”. Teve também um desfile pelas ruas da cidade, o prefeito era o Dr. Elias.
MENSAGEM – “Olha Alencar, eu só tive um emprego, porém comecei a trabalhar muito jovem com 14 anos, somente no Fórum e na OAB, só que eu acho que hoje, o jovem começa a trabalhar muito tarde. Eu sou contra proibir os jovens de trabalhar com 16 anos, eles começam apenas com 18 anos.
Um recado que deixo para os jovens é trabalhar muito, ser honesto, focar naquilo que deseja ser e nunca desistir do seu objetivo, sempre com Deus na frente!”