Nunca estamos completos. Ou plenos. E sentir isto em algumas situações e fases da vida é normal. Em alguns momentos nós iremos nos sentir incompletos. Ou vazios. Ou mesmo sem saber exatamente o que falta; só sentimos a falta ou queremos algo a mais.
Uma boa forma de agir diante deste sentimento seria ao invés de buscar o tempo todo preencher o vazio, entender que sempre haverá uma falta ou algo a se buscar. E não há problema nenhum nisto, pelo contrário, há belezas e aprendizagens na parte que falta.
E quantas vezes quando achamos que está tudo absolutamente certo, pronto, preenchido, nós mesmos resolvemos que queremos criar novamente um espaço? Ou mesmo mudar? Seja para respirar, ficar mais leve ou, simplesmente, para ser. Um espaço intransferível e impreenchível.
Precisamos lidar com o vazio, com a perda, com a falta. Precisamos nos conhecer, nos desenvolver e crescer dentro. E precisamos, com urgência, conscientes de nós mesmos ajudar nossas crianças e jovens a entenderem e praticarem o autoconhecimento, a autorreflexão e o desenvolvimento pessoal.
Precisamos olhar mais para aquilo que importa, concentrar nossos esforços e nosso foco em nossos próprios pensamentos, sentimentos e reações. Entender que tudo pertence, na essência, a cada um.
Na forma como cada um de nós enxerga e interpreta um fato ou uma situação e, na sequência, como escolhemos agir ou reagir a partir do que nos chega do outro ou do meio.
Porque podemos escolher, sempre. Mesmo diante de algo que está fora do nosso controle podemos escolher corrigir o pensamento, entender nosso sentimento e gerenciar nossas reações e comportamentos.
Podemos, inclusive, rever o que antes era prioridade quantas vezes acharmos necessário. E poder aceitar e lidar com nossos vazios olhando para este espaço em paz e com mais leveza. Afinal, o que seria de nós se estivéssemos sempre completamente preenchidos?
