Sob o olhar de uma velha senhora

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As máquinas digitais voltaram. Pelos menos nos espaços escolares. Há tempos que eu não via certa originalidade nas fotos. Fotos sem filtros e sem qualquer modificação para melhorar a qualidade. Fotos borradas, manchadas ou qualquer outro defeito que são típicos das câmeras digitais. Enfim, a originalidade. Meus pensamentos voltaram a uma época que já não se vive mais. Com a proibição dos celulares nas escolas, os alunos tiveram que se reinventar. O registro pelas câmeras digitais, intermediadas pelo professor, estão eternizando os últimos momentos para quem conclui o ensino médio neste ano.

Os alunos do 3° colegial do Colégio Objetivo resgataram a velha e ultrapassada senhora que imortalizava os nossos bons momentos. Foi uma das formas que conseguiram para perpetuar as últimas passagens de toda uma vida dentro da escola. E que fotos! Fotografias vivas, sinceras e com a coloração original. Brilhos sem excesso, tonalidade real e uma qualidade aceitável pelo momento em que estão vivendo. Nada de pensar em pixel. A verdadeira qualidade está na vontade de celebrar um tempo que não volta mais. Tenho certeza que lá na frente, ao olharem para as fotografias e pelo contexto histórico do momento, terão as mais doces e afetivas lembranças de um terceiro colegial que voltou a viver, a se socializar e a ter alma.

Outrora, de modo geral, não se via naturalidade. Tudo era muito mecânico e sem vida. Captar os momentos da vida é uma arte. São memórias de um tempo efêmero e que deixará marcas na vida de cada um. Faz-me lembrar da minha saudosa mãe. Cada flash é um resto de lembrança dos tempos em que nos reuníamos. Às vezes, o passado nos traz algumas emoções que jamais pensávamos sentir novamente. Assim são as fotografias. Espero que esses alunos, num tempo longínquo, sintam as mesmas emoções que senti ao ver aquela velha senhora aposentada. É uma mistura saudosista e um amálgama de sensações. Perdoe-me a sensibilidade, querido leitor. Mas é o que é. Eu poderia escrever sobre a péssima qualidade da educação no Brasil, porém nem sempre observo com o olhar pedagógico para a escola. Existe uma humanidade ali dentro e é isso que me mantém esperançoso. Ter o olhar para a humanidade de cada aluno é enxergar além do trabalho docente. Hoje falei de fotografias. Amanhã falarei de sonhos realizados. 

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