Silvia Aparecida Meira nasceu no dia 06/10/1968, em Jaboticabal. Filha de Percídio Meira e Linda Maria Antonio Meira. Tem uma irmã, Silvânia Meira Geradi. Casou-se pela primeira vez com Donizete Sartor e da união nasceram os filhos Samara e Arthur Henrique. Atualmente, é casada com Paulo Carello, a quem faz questão de frisar que é seu porto seguro, companheiro de todas as horas, compreensivo em todos os momentos. Iniciou os estudos num sítio próximo a Taiaçu, com seis anos de idade, tendo como professora Doraci Tavanelli. Em Monte Alto, estudou na Escola Dr. Raul da Rocha Medeiros e Dr. Luiz Zacharias de Lima. Cursou Contabilidade e Pedagogia, entretanto, não exerceu a profissão de pedagoga. Lembra-se das professoras Olga Porto, D. Matilde, Prof. Wilson, entre outros… Entre os amigos da infância cita Célia Fernandes, Ana Rosa de Grandi (Tica), Marilda, entre tantas outras…
Primeiro Emprego – “Quando era pequena, sempre tive vontade de começar trabalhar. Meu primeiro emprego foi aos 10 anos de idade, como empregada doméstica, na residência da D. Irma Mazzi. Trabalhei na Loja Suly Modas; aos 16 anos, fui convidada para trabalhar no Banco Bandeirantes. Também passei pelos bancos Bamerindus e HSBC. Aos 25 anos de idade, fui p
rimeira dama e Presidente do Fundo Social de Solidariedade. Neste período, despertou minha paixão com a política, a fim de trabalhar em prol das pessoas”.
O trabalho como primeira dama – “Foram vários crescimentos pessoais e ações profissionais. Mas, quero destacar a fundação da APAE, que hoje é uma entidade importante para o município. Convidei a Dona Marisa Cestari, que já estava aposentada, para ser a primeira presidente, e ela aceitou, realizando lá um grande trabalho. Hoje a nossa APAE atende mais de 200 crianças, e este foi um dos legados mais importantes que eu deixei enquanto primeira dama e presidente do FSS”.
O começo da vida na política –Silvia Meira contou a este colunista que sua paixão pela política, com o elo em serviços sociais, começou quando foi trabalhar num projeto social, em Taquaritinga, na Vila São Sebastião, em um desfavelamento. Voltou a Monte Alto, e em 2000 candidatou-se a vereadora, sendo a mais votada do partido e a terceira na cidade. “Lembro-me que não queria me candidatar a nada, mas, você Alencar, com insistência pedia para que eu pleiteasse uma candidatura, até me convencer. A experiência no legislativo foi muito importante, porém, não preenchia minha vontade de atuar diretamente com a população, pois o papel do legislativo não estava completo dentro dos meus sonhos de ajudar as pessoas. Meu espírito é de executar, de estar próxima ao cidadão. Decidi junto com outros companheiros como Gilberto Morgado, Carlos Gerber e Luiz Ernesto Cestari a pleitear o cargo no executivo. Na época, o Gilberto Morgado foi vitorioso e eu fiquei em segundo lugar. Veio-me a dúvida em continuar no legislativo devido às frustações da época. Confesso que no tempo em que fiquei fora da política, muitas coisas passaram pela minha cabeça, tinha dúvida se continuava ou não na política. No entanto, como eu estava perto de pessoas envolvidas na política, renasceu em mim a vontade de me lançar novamente ao cargo de prefeita e consegui a vitória em 2008. Em meu segundo mandato, fui reeleita com quase 70% dos votos e com a graça de Deus, tivemos um mandato de sucesso, foram quase oitos anos de muito trabalho e luta, que se encerra neste ano”.
Primeira mulher no governo da cidade – Foi com mais de cem anos que Monte Alto teve uma mulher no governo, como você encarou isso? “Uma responsabilidade muito grande. A mulher ainda é muito cobrada, discriminada, essas foram algumas sensações que tive neste período desafiador. Contudo, a maioria dos eleitores é feminina, eu não podia decepcioná-las. Hoje, muitas mulheres chegam e falam: ‘Você é guerreira, é lutadora’. Eu tenho feito de tudo para honrar o nome da mulher, sempre por onde passamos deixamos um legado, seja ele positivo ou negativo. A mulher tem um diferencial que é a sensibilidade, a espiritualidade, e isso faz toda a diferença no dia a dia de trabalho. Ser prefeito(a) é um ato de coragem e é preciso buscar a sabedoria com Deus, eu tenho comigo esse entendimento com Ele, senão, acredito que não chegaria onde estou”.
Festas – “No meu tempo de infância, não me lembro de ter ido a muitas festas, pois não tinha dinheiro para ir em tais eventos. Aos 18 anos de idade, eu participei dos carnavais da cidade, no Monte Alto Clube, no Campestre, enfim, frequentei muito pouco festas, já que minha condição financeira não permitia”.
Agradecimento – “Agradeço primeiramente a Deus por esta missão que me foi confiada; ser prefeito não tem glamour, e sim, uma missão árdua. Quero agradecer também às pessoas que rezam pelas autoridades, que me colocam nas orações. Os momentos que passei e passo são de desafios, porque a vontade de resolver tudo é grande e não depende somente de mim. De fato, administrei e procurei fazer tudo com a presença de Deus. Agradeço à minha família que com muita compreensão entende a minha ausência, sempre me dando muita força”.
Mensagem – “É preciso ter força de vontade. Para mim, o segredo é fazer tudo com muito amor, determinação e responsabilidade. Digo aos jovens que tenham garra e coragem e não desistam das derrotas do dia a dia. Façam o bem sempre, semeiem o melhor, pois, por diversas vezes, o resultado vem aos 45 minutos do segundo tempo, e quase acabando o jogo, o milagre acontece’.