Ser professor é ser eterno

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Ser professor, já disse por aqui em outras edições, é beber o almoço. A gente fica calculando o tempo que temos livre não para descansar, mas sim para adiantar o caminhão de coisas a fazer que levamos a casa diariamente. É por isso que bebemos o almoço.
Quem nunca corrigiu provas com um pão ao lado e com uma xícara de café? Ou até mesmo com o prato de comida em cima do colo? Quem nunca assistiu aos filmes corrigindo prova? Nestas situações, um filme dublado é mais interessante que o legendado, pois assim conseguimos fazer as duas coisas. Ah! Docência! Quem te conhece ou te ama incondicionalmente ou te odeia exacerbadamente.
Não é fácil atuar nesta maravilhosa profissão. Há quem diga que reclamamos demais, que temos várias regalias, que isso e aquilo. Eles não sabem a dupla, tripla jornada que temos para a sobrevivência. Filhos? Vemos por poucas horas do dia? Companheiro (a)? Temos que nos atentar para provar que mesmo com o dia corrido que nós temos, continuamos os amando. As nossas vistas vão cansando ao findar o dia. A cabeça parece ficar constantemente em pensamento contínuo. Os sonhos? Não sonhamos mais com o paraíso. Apesar de que qualquer ambiente que não seja uma sala de aula já se torna um verdadeiro lugar paradisíaco e pacífico.
Os sonhos parecem penetrar na profissão e não a profissão nos sonhos. É tão constante e normal esses tipos de situações que o professor nem sonha com o que ele deveria sonhar. É inexplicável. Ao mesmo tempo em que a escola não sai da gente, sabemos da importância que temos perante uma sociedade. Ser professor é ter a postura, é dar exemplo, é ser exemplo para aqueles que estão com os olhares focados nos nossos lábios, gestos e atitudes. Talvez, eles sonham ser um de nós.
Mesmo que o sistema ande contra aquilo que pregamos diariamente, há aqueles que sonham conosco. Sonham em mudar o Brasil, em dar as mãos para lutar em prol da educação. Isso já afasta qualquer pesadelo que temos quando estamos no nosso repouso. Sabem que a profissão é desvalorizada. O engraçado de tudo isso é que não mostramos o quão é esta desvalorização e nem ficamos explanando sobre o que é ser professor num país como o nosso. O que queremos é fazer o nosso trabalho, remando contra tudo e contra todos. Podemos, por diversas vezes, reclamar da situação, entretanto a problemática desta questão é que realmente amamos o que fazemos e façamo-lo com amor. O tempo pode até passar, a gente pode até pensar em algo alternativo, mas a docência, meu caro, vem da alma. Nasce com ela e nela habita até a reencarnação. E assim a história se repete pela eternidade. Ser professor é ser eterno. É sonhar ser professor sendo professor. É de alma. É inexplicável.

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