Sechium edule é uma hortaliça-fruto, ou seja, um vegetal da categoria dos frutos conhecido pelos nomes comuns de chuchu, machucho, caiota (Açores) e pimpinela (ilha da Madeira). Sua origem é atribuída à América central em países como Costa Rica e Panamá. Foi registrada pela primeira vez pelo botânico Patrick Brownw em 1756. Segundo alguns historiadores, essa hortaliça-fruto já era cultivada no Caribe à época do descobrimento da América. É uma trepadeira herbácea da família das cucurbitáceas. De fácil digestão, rica em fibras e pobre em calorias, bom para um regime alimentar. Na Madeira, é conhecida por pepinela ou pimpinela e faz parte da gastronomia local, sendo normalmente cozida com feijão com casca, batatas e maçarocas de ilho para acompanhar pratos de peixe, normalmente caldeiradas. O chuchu é uma cucurbitácia, tal como o pepino, abóboras, melão e melancia. Do chuchu nada é desperdiçado: pode-se consumir as folhas, brotos e raízes da planta, depois de devidamente lavados. Os brotos refogados são ricos em vitaminas B e C e sais minerais como calcio, ferro e fósforo. Possui uma grande gama de frutos quanto à forma, tamanho e cor. Estes podem ser arredondados ou terem a forma de pêra, mais comumente encontrada nas feiras e quitandas. A casca pode ser lisa ou com espinhos, conforme a espécie, sua cor varia do branco ao verde bem escuro. No mercado há preferência pelos frutos de casca verde-clara, sem espinhos, com tamanho de 12 a 18 cm de comprimento (fruto graúdo) e 7 a 10 cm (fruto miúdo). Pode-se encontrá-lo já descascado, cortado em cubos e embalado com filmes de plástico, ao natural ou pré-cozidos em mercados e locais de grande acesso público. Sempre deve-se certificar de que esse produto esteja exposto em gôndolas refrigeradas para garantir a sua adequada conservação, pois quando mantido em condição ambiente, estraga-se rapidamente. Os melhores preços de chuchu ocorrem entre os meses de junho a outubro.
Para conservá-lo, deve-se mantê-lo em condição ambiente entre 3 a 5 dias depois de colhidos, pois murcham muito rapidamente. Podemos conservá-lo por maior tempo entre 6 a 8 dias, na parte de baixo da geladeira, embalados em saco de plástico, caso contrário queimam-se com o frio pois são sensíveis a temperaturas baixas. O produto já descascado e picado conserva-se por até 3 dias após seu preparo, desde que mantido embalado em vasilha tampada ou em saco de plástico, na gaveta inferior da geladeira. Para consumi-los não se deve comê-los crus, pois são duros para mastigar e quando os cortamos e o descascamos crus, deve-se fazê-lo em baixo de água corrente pois estes têm um líquido que gruda nas mãos. Podem ser cozidos e refogados, pode-se transformá-los em cremes, sopas, suflês, bolo ou salada fria. Para consumo como refogado ou salada, deve-se escolher os frutos mais novos e menores e com casca brilhante. Quando os frutos estão maduros, com a parte de baixo se abrindo, são excelentes para a elaboração de suflês, pois são mais consistentes e têm mais fibra. A casca pode ser removida antes ou após o cozimento. Quando os frutos estão bem novos podem ser consumidos com casca e miolo.
Vamos aprender?
Chuchu gratinado com presunto e queijo
Ingredientes:
– 3 chuchus.
– 200g de presunto cortado em cubinhos.
– 200g de muçarela cortada em cubinhos.
– Salsa e cebolinha quanto baste.
– Sal e pimenta do reino a gosto.
– 3 ovos.
– 1 xícara de chá de leite.
– 1 xícara de cha de creme de leite.
– 1 xícara de chá de queijo parmesão ralado.
Preparo:
Descasque os chuchus e corte em fatias bem finas. Em um refratário, untado com margarina, distribua o chuchu e o presunto e a muçarela, tempere com o sal, a pimenta e a salsa. No liquidificador, bata os ovos, o leite, o creme de leite e a metade do parmesão. Despeje sobre o chuchu com o presunto e muçarela, polvilhe com o restante do parmesão e farinha de rosca e leve ao forno preaquecido a 220ºC durante 25 minutos ou até dourar. Sirva em seguida com arroz branco. Bom apetite!