O exame do Enem e a prova da 1° fase da UNESP deixaram clara a nítida informação do que realmente estão cobrando em suas avaliações com o passar dos anos. Além da questão da interpretação, a questão da bagagem lexical tem sido constante nesses exames. Questões que trabalham o sinônimo de algumas palavras, estas que fogem do contexto do dia a dia do aluno e chegam até ser hermético ao primeiro olhar. Creio que cada vez mais os vestibulares vão inserir questões desse nível para avaliar o repertório vocabular dos candidatos. Este repertório é conseguido apenas através da leitura. Não tem outro caminho para aumentá-lo a não ser através da leitura. É fundamental termos em mãos um dicionário quando estamos lendo, independente do gênero textual, para pesquisar as palavras na qual não conhecemos. Particularmente quando leio, tenho este bom hábito de deixar um bom dicionário ao meu lado. Por mais que a leitura se torna duradoura e cansativa pelo fato de pará-la para pesquisar alguns significados, ganhamos em relação ao aumentar o repertório. Numa redação em nível de Enem, é claro que não podemos usar uma linguagem erudita, e sim mais objetiva, mas há questões que vem ganhando muita importância nesse eruditismo. A Gramática em si, tem sido muito pouco cobrada. Quando a gramática perde espaço, o repertório lexical entra em ação. O estudo da semântica é de extrema importância. Ela é quem nos dá essa possibilidade de interpretação. O processo de formação de palavras também nos ajuda muito nesta questão de identificação dos sinônimos. Se soubermos identificar a relação de sentido que exercem os afixos na formação de palavras, é uma válvula de escape quando não conhecemos o vocábulo a ser analisado. A importância de saber usar e interpretar os prefixos e sufixos ajuda muito nesta questão de construção de sinônimos. Mas ainda continuo afirmando que a leitura é um bom remédio para este mal que vem assombrando os vestibulandos anualmente. A leitura nos torna curioso e nos apresenta novos vocábulos. Desperta-nos um interesse incansável pela língua e pela sua pluralidade de vocábulos que compõe esta linda flor do Lácio.