Pode ser que um dia a tecnologia venha substituir o professor dentro da sala de aula. Os alunos terão mais contato com o aprendizado com as máquinas do que o profissional responsável pela educação.
Pode ser que um dia o professor entre em extinção. Porém, há algo dentro deste processo que é insubstituível: o contato afetivo. Professor é o único profissional que consegue enxergar o que se passa na cabeça de um aluno antes mesmo dele explicar o que realmente está acontecendo no seu íntimo.
Professor consegue tirar o sorriso dos seus discentes mesmo em dias que o riso não é bem vindo. Ele consegue inspirar, motivar e se possível, realizar os sonhos impossíveis. Ele pode mover montanhas quando acredita que há sonhos se perdendo. Consegue ficar na lembrança de cada aluno que passa pelas suas mãos.
Professor é exemplo. Às vezes, acaba participando implicitamente na formação de caráter daqueles que convivem diariamente com ele. Há mais lembranças de um professor numa criança do que um próprio familiar. Isto acontece não é por acaso. Ainda mais em tempos onde a família parece terceirizar a educação. O docente fica mais tempo com a criança do que a própria família. Esta passa a respeitar mais o docente do que os próprios pais.
Será que um dia a máquina conseguirá fazer o mesmo? Será que eles inventarão aqueles robôs que conseguem mostrar expressividade no rosto? Será que o dinamismo, a adaptação do conteúdo de acordo com a necessidade da sala e o amor pela profissão serão substituídos por uma máquina? Não duvidemos.
A tecnologia vem crescendo a cada ano e vem sempre surpreendendo. A única dúvida que fica é que o afeto e o contato humano não poderão ser substituídos. Há qualidades na profissão do docente que não se encontra em nenhuma profissão.
Ser professor é ser paciente; é ter a formação na alma, e não no papel; é fazer do dia a dia um ato infindável; é transformar as horas numa eternidade; é ter o controle emocional perante a tantas diferenças de classes sociais; é saber ouvir histórias lindas; é saber ouvir também as histórias fúteis e mesmo assim rir e apoiar o momento; ser professor é ser único; às vezes é também ser solitário, mas não por opção, mas sim por liberdade; é saber entender os problemas alheios e tentar solucioná-lo; é ser alguma coisa que falta no ambiente familiar. Nada disso poderá ser substituído por uma máquina. Ser professor é ser um alguém insubstituível.