Vai, professor, descanse. Hiberne seu corpo e sua mente. Você precisa repousar. É preciso recuperar as energias para concluir o próximo semestre com louvores. Os seis primeiros meses foram de grandes desafios. Na verdade, o nosso oficio é um desafio. É uma luta diária com um sistema que insiste nas falhas e na falência. Só não fecharam as portas porque usam a educação para palco político. Precisam das escolas abertas e dos profissionais que a conduzem. Em toda campanha política, o nome mais citado é o da docência e o da escola, mas na prática, é onde se menos investe. E mesmo tendo a consciência desta balburdia toda, siga firme na nossa empreitada. Só você sabe da luta e da importância perante esta sociedade ( in ) evolutiva.
Descanse! Aproveite o tempo com a família e recupere o tempo perdido ao passar horas preparando aulas, montando e corrigindo provas. É necessária a companhia dos amigos, filhos e família. Beba uma cerveja, tome um vinho, uma caipirinha, uma cachaça. Ande descalço, fique de pijama o dia todo e deixe a louça para lavar no outro dia. Ao contrário do que muitos pensam, também somos seres humanos com vícios de homo sapiens, embora nos vejam como homo deus. Plante uma flor, uma árvore; dê água de beber para um beija-flor. Leia, assim que possível, mas esqueça os didáticos. Faça um crochê, limpe o armário, dance na chuva ( se houver ), corra, pedale. Comece a tocar um instrumento, mesmo que a volta às aulas impeça continuar. Apenas comece.
Desligue! Se possível, coloque o celular no modo avião, principalmente nos finais de semana. Ligue-o para tirar fotos. Registre os bons momentos em família. Atenda somente àqueles que você se preocupa e vice versa. Esqueça as redes sociais. Ela tem sido antidemocrática ultimamente. Vá ao encontro da natureza. Procure cenários bucólicos, o canto das águas e dos pássaros. De paz aos seus ouvidos, a sua mente e a si mesmo. Você merece!
Boas férias!