Pai, meu pai! Quantas vezes lhe pedi, meu pai, para que continuasse ao nosso lado, ao meu lado especialmente.
Cresci, me formei já mocinha, e eu sempre ao seu lado, respeitando-o e elogiando-o, pedindo que nunca me faltasse. Era nossa conversa com Deus.
O tempo passou, correu depressa, e assim mesmo, adulta já, você continuava meu herói.
Mas já com a idade um tanto avançada, Deus o chamou para Si – foi morar nos Céus. E você se foi. Eu o tenho na lembrança e no coração. Todos partem e vão para Deus.
E você, meu pai Américo, como pessoa de vida digna e Homem de Bem, o Senhor o levou para um tempo de vida melhor.
Você que nos ensinou para o dia de amanhã, continuamos honestas e responsáveis, sempre seguindo teus conselhos e exemplos que me foram de grande valia. Nos orientou, nos educou, nos formou – e para tudo que aprendíamos, usaríamos com a família que certamente iríamos formar. E assim aconteceu.
Sempre que posso, o homenageio, meu pai, fazendo questão de que todos saibam que você foi o melhor pai do mundo: forte, generoso, temente a Deus, sincero, amoroso, patriota.
Mesmo não estando entre nós, jamais o esqueço. Você foi e é meu herói. Posso percorrer mil caminhos, não encontrarei ninguém como o senhor. Estou orgulhosa de ser sua filha – seus ensinamentos não foram em vão.
Fomos muito amigos, e como pai e filha, tínhamos muito em comum: gostávamos de flores, da natureza, da ordem, do trabalho.
E hoje, lembrando os tempos idos, ilustro minha matéria com “Pai” – na voz de Fábio Junior. A letra nos diz muito. Reflita
“Pai” – Fábio Junior
Pai, pode ser que daqui algum tempo
Haja tempo pra gente ser mais
Muito mais que dois grandes amigos
Pai e filho talvez
Pai, pode ser que daí você sinta
Qualquer coisa entre esses vinte ou trinta
Longos anos em busca de paz
Pai, pode crer eu tô bem, eu vou indo’
Tô tentando vivendo e pedindo
Com loucura para você renascer
Pai, eu não faço questão de ser tudo
Eu só não quero e não vou ficar mudo
Pra falar de amor pra você
Pai, senta aqui que o jantar tá na mesa
Fala um pouco tua voz tá tão presa
Nos ensina esse jogo da vida
Onde vida só paga pra ver
Pai, me perdoa essa insegurança
É que eu não sou mais aquela criança
Que um dia morrendo de medo
Nos teus braços você fez segredo
Nos teus passos você foi mais eu
Pai, eu cresci e não houve outro jeito
Quero só recostar no teu peito
Pra pedir pra você ir lá em casa
E brincar de vovô com meu filho
No tapete da sala de estar
Pai, você foi meu herói, meu bandido
Hoje é mais muito mais que um amigo
Nem você, nem ninguém tá sozinho
Você faz parte desse caminho
Que hoje eu sigo em paz
Pai, Paz
Parabéns a todos os Pais!
Que Deus os conserve maravilhosos e repletos de bênçãos.
Parabéns aos Pais assinantes e leitores do Jornal O Imparcial.