E nosso Brasil era assim: país cheio de graças e glórias. Pedro Álvares Cabral o descobriu em 1.500.
Português de nascimento, Pedro encontra nestas terras criaturas bem estranhas e que só viviam em guerra: eram os índios. E lhes deram vários nomes: bugres, nativos, silvícolas, selvagens, gentios, ameríndios, indígenas.
De fisionomia um tanto diferente, de rosto largo e lábios grossos, pouca barba e cabelos longos e lisos, de cor morena ou de cobre – eram eles.
Espalhados pelos país, duas nações formavam esta raça: no litoral os tupis e no interior os tapuias. Eles viviam em tribos – suas casas eram as ocas que não tinham janelas, somente uma entrada que faziam de porta. E entre elas estavam: potiguaras, tupiniquins, tabajaras, tupinambás, caetés, tapirapés, carijós, tamoios (entre os tupis e guaranis). E entre os tapuias estavam os botocudos, xavantes, aimorés, suiás, caiapós, guaranis.
Cada tribo em sua taba e o morubixaba era seu chefe. Rodeada por uma cerca, a caiçara possuía no centro um terreiro de nome ocara. E nele faziam suas festas: dançavam e tomavam cauim, bebida feita de milho.
Usavam para se enfeitar a tanga na cintura com penas coloridas; e na cabeça, o cocar muito lindo. Os instrumentos que usavam nas festas: maracá, boré, uai, inúbia e a dança era a poracé.
Faziam redes de embira, embarcações de troncos de árvores e cultivavam na lavoura o feijão, a mandioca e o milho – comiam frutas ali existentes. Também se alimentavam da caça e da pesca, usando na matança o arco e flecha, escudos, lanças e o tacape também chamado de tangapema. Eles se arriscavam com essas armas. Com a carne faziam o mocaê e o charque. A zarabatana era a seta mortal que usavam assoprando em canudos.
Os igaçabas eram vasilhames de barro que eles colocavam em sua taba com os corpos dos mortos. Obedeciam o pajé, seu chefe religioso. Como seu deus também respeitavam o Tupã, o Sol (Guaraci) e a Lua (Jaci).
O dia dos nativos de nossa Terra é comemorado em 19 de abril. Atualmente com roupas adequadas frequentam até a Faculdade, se manifestando na religião e na política.
São palavras de origem indígena: capivara, pacu, saúva, pitanga, pérola, amendoim, Iracema, Ipiranga, Niterói. Outros termos usados por eles, enfeitam e formam o nosso vocabulário: tatu, sabiá, pirarucu, jerumim, buriti, capim, samambaia, cupuaçu, jequitibá, Moema, Tietê, Paraíba, Guanabara, Cuiabá, Botucatu, Iara, Itatiaia. E muitas outras, cada qual com seu significado.
O maior número destes habitantes está no Pará, Amazonas e Mato Grosso. No estado de São Paulo são mais de 41.000. cerca de 896.00 indígenas hoje vivem no Brasil, 517.000 deles vivem em terras indígenas. Muito prejudicados, eles vivem com o desmatamento, que é um desrespeito ao ambiente.
Morando em campos, florestas, cerrados, eles vivem de maneira diferente dos outros brasileiros. E embora tendo semelhanças, as comunidades indígenas não são iguais.
No Amazonas vivem os janomamis e em São Miguel do Iguacu, cidade do Paraná, vivem os avá guaranis.
Os primeiros habitantes do Brasil são também chamados de gentios brasileiros – são amantes da liberdade.
Marechal Cândido Mariano da Silva Rondon, sertanista, defendeu os índios e os ensinou que: matar nunca! Morrer se preciso for!