Ócios & Negócios

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Patente
Durante décadas Monte Alto foi referência como produtor de mamão formosa. Nas feiras paulistanas a fruta reinava ao lado da maça argentina. Os feirantes estampavam faixas anunciando nosso mamão, ainda que parte da produção era de Vista Alegre do Alto e Taiaçu. Redes de hotéis nacionais e internacionais, dedicavam espaço nobre para o mamão como sobremesa. Hóspedes do mundo todo levavam a novidade aos seus países e diziam que a fruta tropical brasileira era até afrodisíaca. O fim do mamão de Monte Alto aconteceu devido uma praga nos mamoeiros provocada pela alta concentração do plantio. Ainda agora algumas feiras livres da capital paulista vendem o mamão com a marca Monte Alto e clientes antigos também o pedem dessa forma. O “mamão” papaya, que nunca foi mamão (as aspas são justificadas), tomou o trono do fruto de Monte Alto, que também era diferenciado pela embalagem, que era uma caixa de madeira de um tamanho diferente daquelas que acondicionavam outras frutas nacionais, eram as populares caixas duplas, porque eram montadas com duas caixas tradicionais do mercado. As caixas vinham de madeireiras, desmontadas e as tábuas cortadas no tamanho padrão, nos “barracões” dos comerciantes de mamão a embalagem era montada e frutas acondicionadas protegidas por jornais, para evitar que o produto tivesse marcas de transporte e locomoção. Se fossemos dividir Monte Alto por eras, certamente a de maior destaque seria a Era do Mamão!

Charada
Quando uma coisa ou tarefa é muito fácil, dizemos que é mamão com açúcar. Tipo moleza e boa! Há quem diga que a referência nasceu em Monte Alto. Puro provincianismo, se não é nacional, pelo menos é de muitas regiões do país, onde a fruta é colhida ou comercializada. Também, curiosamente, em nossa cidade havia uma grande concentração de sabiás-laranjeira, devido à facilidade que a ave tinha para saborear mamão, o que tornaria correto o nome sabiá-mamoeiro. Afinal, para comer laranja, o sabiá teria que ter um canivete, enquanto o mamão, bastaria o bico. Como o sabiá, por questão de segurança e de distância dos estilingues, sempre preferia as frutas do ponto mais alto do mamoeiro, ninguém se importava com as perdas de produção. Até corria uma espécie de gíria sobre o assunto, quando um empregado que deixava fruta no pé de mamão sem colher e era repreendido pelo patrão, ele justificava: “deixei para o sabiá”.

Herói
Atualmente são nome de ruas, praças, avenidas, rodovias e até de cidades e principalmente na capital paulista, possuem estátuas e monumentos. São os bandeirantes que no século XVII partiam de São Paulo de Piratininga, rumo ao interior paulista, mineiro, mato-grossense e goiano. Eles invadiam tribos indígenas, aprisionando os homens e matando mulheres e crianças. Vendiam os capturados para o trabalho escravo em fazendas que eles mesmos abriam no mato e vendiam para quem tivesse interesse em se fixar na terra. Os bandeirantes, que até dão nome ao Palácio do Governo de São Paulo, foram verdadeiros genocidas. Há relatos de historiadores que os comparam, em atos de atrocidades, até aos nazistas. Foi o bandeirante Domingos Jorge Velho, que dizimou o Quilombo de Palmares.

Coliseu
No ano de 44 a.C, o general Caio Julio César entrou triunfante em Roma, depois de atravessar o Rubicão (a frase se tornou proverbial), limite imposto pelo senado à sua presença na capital do império. Rubicão era o nome de um riacho, hoje inexistente, que César ficou acampado com suas legiões durante dias. Quando rompeu os limites, todos em Roma sabiam das suas pretensões, que era o governo. Evidentemente que a guarda pretoriana não enfrentou César o que facilitou sua entrada no senado. Ele foi elevado à categoria de ditador temporário, cargo que aceitou, porque tinha certeza que de temporário nada tinha. Cinco anos depois foi vítima de uma conspiração, cujos líderes foram Cássio e Brutos, o primeiro riquíssimo e o segundo influente no Senado. César jamais imaginou em suas suspeitas que Brutus participaria do levante, porque era como um filho adotivo politicamente, o que gerou a famosa frase, que César pronunciou agonizante: até tu, Brutus, meu filho!

Roma
Duas curiosidades sobre César: uma foi quando ele desfilava nas ruas seguido pela multidão usando uma coroa de louro, símbolo do poder outorgado pelos deuses romanos, que seus adversários políticos viam como pretensões e desafio político, quando na verdade ele usava o ornamento para disfarçar sua calvície e o povo não vê-lo como um idoso, o que comprometeria sua imagem de soldado. A segunda é que durante seus desfiles militares pelas ruas de Roma, ele destava um escravo que ficava atrás dele o tempo todo, falando no seu ouvido: “lembre-se de que você é um mero e simples mortal”. César temia que a fama e o poder lhe subissem à cabeça levando-o à tirania.

Fatura
Todos sabem o significado da velha expressão “lavar a égua”. Ela surgiu nas Minas Gerais, no século 18, em plena exploração do ouro, com a ajuda da mão de obra escrava. Eles saiam das senzalas na madrugada, rumo às minas, transportando as ferramentas e víveres para o dia, com mulas. Os cavalos eram usados para montaria e outras tarefas mais nobres. Além das mulas, eram usadas as éguas. Os escravos escravadores, interrompiam a mineração três vezes ao dia, para almoço, café da tarde e jantar, ao anoitecer. Nesses intervalos os escravos escondiam nas éguas o ouro que conseguiam esconder, eles usavam o pelo, a crina e outros locais. Antes do retorno, depois do expediente, uma tarefa era alimentar as águas e lavá-las. Enquanto lavavam o animal retiravam o ouro escondido, literalmente lavavam a égua.

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