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REPÚBLICA
Uma professora e artista plástica paraibana, solteira, com 25 anos, Anayde Beiriz, em 1930, sem saber, mudou os rumos da república brasileira. A capital do Estado da Paraíba também tinha o mesmo nome, se tornou João Pessoa em 1935.
O último ano do mandato de presidente Washington Luiz seria 1930, em setembro. Em março houve eleição com dois candidatos, Getúlio Vargas, que era presidente (era o título de quem governava um Estado) do Rio Grade do Sul, tendo como vice, João Pessoa, presidente da Paraíba. A dupla perdeu a eleição para Júlio Prestes, presidente de São Paulo, tendo como vice o deputado Vital Soares.
Derrotado, Vargas planejava a deposição de Washington Luiz, com a finalidade de tomar o poder e impedir a posse de Prestes, alegando fraude eleitoral. Vargas tinha o apoio de uma ala das forças armadas, principalmente de tenentes. Enquanto isso Pessoa reassumia o governo da Paraíba, sofrendo severas críticas de um jornalista e advogado, cujo nome era João Dantas, namorado de Anayde. Mesmo ambos sendo solteiros, o casal sofria críticas da sociedade conservadora da capital, porque o namoro em liberal para os padrões locais.
João Pessoa, cansado das críticas de Dantas feitas pelo jornal que ele dirigia, mandou a polícia dar busca na redação, na ausência do proprietário. Foram encontradas cartas dele e Anayde, com conteúdo erótico. Pessoa, para se vingar, publicou a correspondência nos jornais que o apoiavam. Também disse que mataria Dantas, se houvesse reações pela imprensa. O jornalista, sabendo que Pessoa era violento, mudou-se para Recife com a namorada, que então passou a ser mal falada pelos paraibanos.
Certo dia, o presidente da Paraíba precisou viajar a Recife a trabalho, foi com o carro oficial; lá chegando, parou numa confeitaria para tomar café. Dantas ficou sabendo, foi em casa apanhou um revólver e se dirigiu ao local. Chamou Pessoa e desferiu-lhe três tiros. Ele morreu a caminho do hospital. Depois de um dia de velório no palácio do governo, o corpo foi transladado para o Rio de Janeiro, onde seria sepultado. No trajeto, a pedido de Vargas, o corpo foi transladado para o Rio de Janeiro, onde seria sepultado. No trajeto, a pedido de Vargas, o corpo era desembarcado nos portos para que a população prestasse suas homenagens, que por ordem de Getúlio foi divulgado como vítima de uma trama política, urdida por Washington Luiz. Foi o suficiente para o Golpe de Mestre de Vargas, que tomou o poder e nele ficou por 15 anos. Dantas, preso, foi executado na prisão, junto com seu cunhado que teria sido cúmplice do crime. No processo finalizado, o veredicto foi de suicídio de ambos. Anayde se suicidou depois de uma semana.

FRASE
“Em briga de marido e mulher não se mete a colher, lá o diabo andou metendo o garfo há muito tempo”. (Evo Teodoro Wanke, pensador sueco).

CONFLITO
Assim que acabou a chamada Guerra do Paraguai, cujos vencedores foram Brasil, Argentina e Uruguai (Triplice Aliança), o governo argentino propôs ao Imperador D. Pedro II, a divisão do Paraguai em duas partes, metade seria anexada pela Argetina e a outra pelo Brasil. D. Pedro II recusou-se, foi esperto, a anexação aumentaria a fronteira do Brasil com a Argentina. Seríamos a próxima vítima.

DOÇURA
Originalmente, marmelada era o nome genérico dos doces pastosos. Tinha marmelada de goiaba, de figo, de pêssego e de batata. Enquanto que marmelada, que seria a real, era conhecida por doce de marmelo. Com o tempo, cada doce passou a ter o seu nome próprio. Goiabada, figada e assim por diante, e o doce de marmelo se tornou a marmelada.
O marmelo é uma frutinha originária do Uruguai, país do qual as fábricas de doces importavam a fruta para fazer a marmelada. A importação tornava-se muito cara e os fabricantes (alguns) “batizavam” o doce com outros ingredientes, o preferido era o chuchu – isso deu origem à palavra marmelada para referência a alguma coisa combinada antes, como resultado de jogo de futebol!

PEDAGOGIA
Conforme etimologia grega, pedagogo significa condutor de crianças. Na Grécia o condutor de crianças era o próprio mestre, que buscava o aluno em casa e o conduzia às ruas e aos locais de interesse da matéria, para que o aluno visse ao vivo para aprender, sem a teoria. Era a aula em tempo integral, que certos países no século XXI ainda não adotaram.
Quando os romanos dominaram a Grécia geograficamente e foram dominados culturalmente (um ineditismo jamais quebrado), o pedagogo foi uma figura incorporada à educação latina. O que mudou no processo de transição greco/romana foi próprio o pedagogo, que passou a ser um escravo conduzindo a criança à escola. Esses escravos pedagogos eram escolhidos entre os prisioneiros das legiões romanas, que aceitavam o cargo porque sabiam que a recusa era a morte. Evidentemente os prisioneiros preferidos eram os gregos e os de cultura similar. O pedagogo tinha um enorme prestígio nas famílias romanas, que com o tempo passavam a fazer parte delas, morando na mesma casa. Na Grécia a educação era feita nos locais públicos, salas de aulas eram raras, em muitas cidades não existiam. Em Roma, a educação latina era atrelada à sala de aula; latinos que somos, herdamos a prática. Também pouco mudou em relação ao pedagogo escravo – ainda não perante o Estado.

TÁBUA
Em uma frase as pessoas desobedecem dois mandamentos de Deus, o que não se deve usar seu nome em vão e aquele que proíbe a cobiça da mulher alheia.
Ei-la: “meu Deus – como ela é gostosa”.

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