PARADIGMA
Os filiados e militantes de um partido político brasileiro se referem uns aos outros com o termo companheiro. O tratamento é antigo, Jesus Cristo e seus apóstolos também usavam a palavra. Companheiro é oriundo do latim “cum panes” com o pão, que não era apenas um tratamento, era observado na prática – dividir o pão. A divisão do pão não era um simbolismo, era uma necessidade básica, havia pouco alimento para satisfazer a todos. O pão em si era simbólico, dividia-se a comida que tinha, peixe, frutas e ovos. Ser companheiro era uma necessidade física, o companheirismo moral surgiu em consequência, no campo das ideias.
Convém lembrar que Jesus tinha um grupo de seguidores, sem caráter religioso, era político na essência. Entre os apóstolos havia o conceito de esquerda e direita. A liderança de Jesus era contestada por alguns, Simão Pedro era claramente de esquerda, assim como Judas, que era mais extremo. Os outros não se manifestavam, porém, entre si, apoiavam o mestre ou faziam oposição às suas pregações.
Os historiados neutros, em relação a qualquer religião, foram unânimes nos registros históricos da vida de Jesus.
O Velho testamento foi ligado ao Novo via rei David e José, pai de Jesus. Seria José descendente de David, logo, o primeiro na sucessão do trono dos judeus. O Sinédrio (Senado Judáico) era contra isso, os senadores tinham um acordo com os romanos de obediência em troca da liberdade religiosa, que estava sendo cumprindo por ambas as partes, sendo abalado por João Batista (primo de Jesus) que pregava abertamente a desobediência aos colonizadores de Roma. Era a voz que clamava no deserto, até que Herodes, o tetraca (Rei de quatro reinos) inventou uma tal de Salomé, que pediu sua cabeça. João Batista foi decapitado.
O Sinédrio foi o culpado pela execução de Jesus, os romanos apenas cumpriram o acordo condenando-o ao apedrejamento, punição por crimes de blasfêmia, que foi mudado para a crucificação, pena para crime político. Posteriormente surgiu o cristianismo baseado nas ideias de Cristo, combatido pelos romanos, que teve efeito contrário e os cristãos, graças ao imperador Constantino que “viu” uma cruz no céu e interpretou como um chamado divino.
BALANÇA
O maior narcotraficante da história das drogas, Pablo Escobar Gavíria, foi o homem mais rico da Colômbia e um dos maiores do mundo. Depois que foi morto pela polícia colombiana com a ajuda da CIA dos EUA, o Estado confiscou todos os seus bens, sem o dinheiro em espécie que nunca foi encontrado.
No auge do tráfico, o dinheiro em dólares que Escobar recebia, era tanto que seus funcionários não conseguiam contar. A solução foi pesar um certo número de notas e depois pesar todo o estoque e calcular o valor, quilo a quilo.
MONARCA
Na estada de D. João VI (1808-1821) no Brasil, ele instalou o beija-mão, prática condenada nas monarquias europeias. Os nossos brazucas ficaram extasiados. Os servos chegavam no palácio, formavam fila e entravam na sala do trono, ajoelhando-se, alguns fazendo mesuras e pedindo favores, tipo emprego e coisitas mais.
Alguns eram safados ao extremo, que até ofereciam as filhas para o rei.
SUÁSTICA
Adolf Hitler escreveu o livro “Mein Kampf” (Minha luta) em 1928, na cela de uma prisão em Berlim, condenado a seis anos de prisão por um crime político. No dia do lançamento ele estava livre por força de “Habeas corpus”. O livro vendeu 20 mil cópias em um ano. Em 1933, líder do partido Nazista, o “escritor” vendeu cerca de dois milhões de exemplares. Ele proibiu a editora de divulgar a venda para não pagar imposto. Ficou rico, entre os 10 mais da Alemanha. “Minha Luta” era objeto até de presente de casamento. No auge do nazismo, quem não tinha a obra em casa poderia ser denunciado por traição e com a pena devida – forca!
MEDALHA
O estudante iraniano, que recebeu uma medalha de campeão de matemática, um prêmio equivalente a um Nobel, foi vítima de um furto, no Rio de Janeiro. A medalha era de ouro e tinha um valor incalculável (em ouro valia 14 mil reais). Como havia uma medalha de reserva ele recebeu outra, a roubada, até o presente momento não foi encontrada. O estudante foi diplomático: “isso poderia ter acontecido em qualquer país”.
PELOURINHO
Em 1955, no estado de Alabama (EUA), um dos que tinha a segregação legal. Nos ônibus os negros viajavam nos bancos traseiros e os brancos na frente. Certa manhã, como fazia todos os dias, Rosa Parks, uma jovem negra de 20 anos, entrou no ônibus que a levaria para o emprego, sentou-se no lugar reservado. Até que um branco entrou e não tinha lugar na frente, conforme a lei, ele exigiu que Rosa cedesse o lugar para ele. Como não foi obedecido, ele tirou-a a força do veículo, jogando-a para fora. Foi socorrida e a comunidade negra naquela noite planejava uma represália contra os brancos. Em plena reunião, um jovem se levantou e deu a ideia de fazer um boicote. Nenhum negro viajaria de ônibus até que a lei de igualdade não fosse votada. Assim foi durante meses, os ônibus viajavam com lotação mínima, até que o Congresso vetou a lei de segregação. O jovem que deu a ideia era Martin Luther King.
UFANISMO
Vez ou outra aparece alguém dizendo que o Brasil é o país mais ecológico do mundo, porque é o único que tem o nome de uma planta. O nome propriamente dito até que é, porém, o Peru tem o nome de uma ave, o Chile de uma pimenta. E apenas para ilustrar, a bandeira do Canadá tem aquela plantinha, cujo nome é Maple.