CROMOSSOMO
Que no Brasil existe um machismo cultural, é inegável: Porém, não se deve debitar apenas ele a discriminação à mulher. Elas próprias, ao longo da história do país, aceitaram passivamente uma condição inexistente de inferioridade, permitindo que os homens ocupassem suas posições na sociedade, logo a inexistência passou a ser existente, como se fosse natural. O começo de tudo aconteceu no seio das classes oligárquicas, nas quais a mulher ficava reclusa nas residências permitindo ao marido e filhos do sexo masculino que assumissem as ações externas da família; os demais brasileiros, inclusive os escravos, se espelhavam no exemplo de quem julgavam superiores e praticavam com suas mulheres a mesma coisa. O processo de inferiorização feminino foi progressivo e não cessou com o tempo. Atualmente, a discriminação contra a mulher muitas vezes é exercida por mulheres, o que dá margem aos homens agirem da mesma forma. Muitas mulheres não aceitam funcionárias na empresa em que são chefes.
No início da colonização do Brasil, na cozinha, as mulheres reinavam soberanas, as cozinheiras foram cedendo suas funções aos cozinheiros, em pouco tempo surgiu o homem como mestre na culinária. O serviço de faxina era exclusivo das mulheres que foram substituídas gradativamente pelos homens. Há 50 anos, a mulher não exercia a advocacia, nos bancos, mulher como gerente, nem raro era, era impraticável. Nenhuma mulher pode negar que muitas contratadas, em algumas áreas do mercado financeiro, tem como critério a aparência física. A segunda frente na luta das mulheres deve ser a concorrência desleal no próprio gênero; as mulheres nunca foram inferiores aos homens, se existe inferioridade, é velada entre elas.
BARNABÉ
Quando a capital do Brasil mudou-se para Brasília, a resistência do funcionalismo público foi ferrenho, era impensável sair de uma cidade que tinha tudo o que era de moderno, mais a praia (as mais belas do mundo) para morar onde havia poeira e mato. Juscelino resolveu o impasse simplesmente dobrando o salário dos que fossem para Brasília. Deu certo em parte, alguns não aceitaram e pediram exoneração, acionando a federação depois, para receber indenização.
Quando Jânio Quadros assumiu a presidência em 1961, revogou a dobradinha. Foi um “deus nos acuda” no funcionalismo. Como não era permitido por lei a eles fazer greve, adotaram a operação tartaruga e o boicote funcional. Jânio não arredou pé greve, adotaram a operação tartaruga e o boicote funcional. Jânio não arredou pé começou a exonerar chefes de repartições. Em pouco tempo, voltaram ao trabalho e também em breve, o presidente renunciou, vítima de forças terríveis.
LOUROS
Quando Caio Júlio César atravessou o Rubicão (um rio que delimitava sua entrada na cidade de Roma), entrou na capital do império triunfalmente, seguido por um séquito nunca visto em terras romanas. Era o rei do mundo.
César desfilava numa biga (carruagem de 2 rodas) puxada por cavalos ornamentados. Com ele seguia um escrevo, que a cada momento lhe dizia: “lembre-se que és apenas um humano”. (Cesar se julgava, às vezes, um deus romano).
A contratação do escravo o fez mais humilde, o que não impediu de ser assassinado pouco tempo depois.
REFRI
Atualmente as garrafinhas pequenas de guaraná são conhecidas por caçula (inha). Na década de 60 era um nome exclusivo do guaraná Paulista, fabricado em Ribeirão Preto, pela Cia Antártica, que fabricava a cerveja com esse nome. Caçulinha não foi um nome registrado e tornou-se de domínio público.
A cerveja disputava o mercado com outra do Rio, ambas existem até hoje e são de uma mesma empresa. O guaraná Paulista saiu do mercado e hoje seu substituto direto é o guaraná Antártica.
ELEITOR
O brasileiro eleitor, parte dele, é claro, tem um certo fascínio pela última ditadura no Brasil, que ficou a serviço do país de 64 a 85. Que ninguém se assuste se aparecer nas ruas cartolinas escritas: Queremos a volta da ditadura!
Como se não estivéssemos em uma. Para alguns, a ditadura não basta, precisamos acabar com a bandidagem, exigindo a volta do Esquadrão da Morte. O EM, quando existiu agia no Rio de Janeiro, era formado por policiais da elite. Oficialmente foi criado como o Esquadrão de Ouro, cuja finalidade era prender os chefes de quadrilhas para desarticulá-las. Logo o pessoal se empolgou e o nome adotado foi Esquadrão da Morte, com o fim de matar bandidos notórios.
O chefe do EM era o detetive Mariel Maryscotte de Matos, um sanguinário que matava bandidos e também desafetos. Eles agiam encobertos por uma escuderia, era a Le Coq. Quando o EM começou a executar a elite do crime, a política do Estado agiu e prendeu todos. O último foi Mariel, que mesmo preso, mandou executar em outra cadeira o bandido mais famoso da época: Lúcio Flávio, aquele que disse a famosa frase: bandido é bandido – polícia é polícia! Tudo foi nos anos 70. (Noutra ocasião a gente decifra a frase para os leitores).
ELEIÇÕES
Sinto muito, eleitores! Vocês não votarão em outubro próximo. Essa afirmação é de “ex catedra”. Mesmo credenciado para votar o eleitor nacional vai eleger o presidente, o governador, os senadores e deputados. VOTAR, caros brasileiros, é um verbo transcendente, fora de alcance de quem não exerce a cidadania e sua plenitude. Todos os demais que moram e vivem no Brasil elegerão os candidatos preferidos, que significa apenas um cumprimento de dever cívico.
Vejam o que é Votar e o que é eleger. Você é DEVOTO do seu santo ou divindade. Não é um eleito!