Cápita
O Brasil é um país capitalista por excelência e o brasileiro exerce o capitalismo com negligência. O capitalismo brasileiro coloca o país no andar de baixo e o cidadão, trabalhador histórico, refém das regras imutáveis capitalistas. No capitalismo a regra é matemática, dois mais dois são quatro; porém, a mentalidade nacionalista brasileira difunde a ideia socialista, típica das sociedades latinas. O capitalismo exige um pragmatismo que o brasileiro não tem, o axioma não existe almoço grátis (Milton Friedman) tem como contraponto nacional o popular, onde come um comem dois. No primeiro, se o almoço não é pago “in loco”, o será numa eventual sobremesa; no segundo, é fato que onde come um, dois podem comer, porém, na matemática crua e nua, alguém comerá um dia a menos, se ceder uma refeição para outro. Isso é o capitalismo ao qual o brasileiro não tem acesso, porque nosso cidadão desenvolveu a capacidade de ganhar e não aprendeu a consumir. O pobre brasileiro que tem a força de produção nos seus braços, a realiza monitorada pelo capital que o obriga a devolver o que produz, via Estado ou forças plutocráticas. Esse estado de coisas gera crises permanentes, que de um jeito ou de outro são sempre de responsabilidade da pobreza nacional, tida e aceita como parte da nossa nacionalidade. Nosso suposto Estado Democrático é um real Estado Plutocrático!
Tear
A revolução industrial, ocorrida no século 18, teve como referência a indústria têxtil inglesa e holandesa. Tempos atrás, escrevi um texto sobre o tema nesse espaço, e fui mal interpretado por alguns leitores, o que é compreensivo, porque o contexto refletia uma opinião e não apenas um fato. No contexto citado afirmamos que a Indústria atual usa métodos do início da era industrial, ou seja, coloca a produção acima do real produtor, que é o operário (naquele tempo proletário) o que é aceito normalmente pelo nosso industriário, que não interpretou muito bem a frase vestir a camisa da empresa. Ele veste um uniforme de trabalho, o que é normal; porém, usa-o fora de expediente e de local de trabalho, como um objeto patronal. Marx alertava para isso quando disse que era para os proletários se unirem. Essa união, quem leu “O Capital”, ficou sabendo que a união proletária não era contrapor-se à elite patronal, mas apenas para exercer sua parte no sistema produtivo. Não tratamos aqui de uma correção ao texto escrito antes, mas o fazemos para ratificar o pensamento e realçar que as forças produtivas do Brasil são os brasileiros, que se aderirem ao sistema capitalista internacional, comprometerão a pátria, a família e o futuro dos filhos (Prole).
Valor
Uma empresa de produção de bens compra uma máquina de última geração por um, dois, três ou mais milhões de reais (ou dólares) e paga ao seu operador, cerca de dois mil reais/mês. Uma transportadora paga por uma carreta 600 mil reais ou mais, dependendo do tipo, e paga ao motorista cerca de quatro mil reais ao mês. Os dois casos são apenas exemplos da força do capital, diante do proletarismo. Não estamos pregando o protesto formal ou greve de qualquer parte, operária ou patronal. O caso aqui é de justiça social entre trabalho e capital. No caso, alguém está recebendo muito e alguém pouco!
Bigode
O famoso e execrável bigodinho de Adolf Hitler não existia porque seu dono gostava ou queria uma marca registrada, que aliás, se tornou para a história. O bigodinho do mais cruel ditador da história conhecida do mundo ocidental passou a fazer parte do seu visual, que sempre ostentou um enorme bigode ao estilo russo, depois da Primeira Guerra Mundial, da qual ele participou como primeiro sargento do exército alemão. Ao usar as máscaras contra gases, usados pelos ingleses, o bigode grande atrapalhava e a solução foi deixar apenas um bigodinho.
Arte
Jovem, na Áustria, Hitler vivia nas ruas vendendo seus quadros e desenhos, que muitos na cidade de Linz, onde sua família morava, compravam apenas para se ver livre do insistente pintor. Se pintasse e desenhasse bem, Hitler, teria ficado na Áustria, não imigrando para a Alemanha, onde viria o que foi, o político mais hábil da Europa e o de carreira mais ascendente em pouco tempo de atuação. Por ordem de Hitler, no auge no poderio alemão, seu país de origem nunca foi agredido.
Vaticano
O cardeal que é eleito Papa recebe outro nome diferente do original. Isso acontece desde o ano de 533; antes, o Papa assumia o cargo com o nome real. No ano de 533, o cardeal Mercúrio foi eleito Papa. Como a Igreja não queria um papa com nome pagão, ele recebeu o nome João II.
Letra
Se houver uma eleição universal para escolher o maior escritor, essa coluna votaria em Machado de Assis, ainda que não pelo conjunto da obra, pelo romance “Memórias Póstumas de Brás Cubas”. Ninguém até então, nem mesmo os autores de textos religiosos, Lucas, João e outros, tiveram a ideia de escrever fatos da visão de um morto, no caso, Brás Cubas.
Textual
O significado da palavra evangelho é boas novas. Ela vem do cargo “eu-engeleon”. O termo era usado na Grécia antiga para dar nome ao prêmio que recebia o mensageiro que portava notícias boas. Os que se arriscavam a transmitir as notícias ruins perdiam o seu evangelho e por extensão perdia a cabeça, porque era condenado à morte.