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FARDA
O Brasil nunca foi governado pelo militarismo. A república foi proclamada por um levante civil, que solicitou a logística militar para dar credibilidade e autoridade ao que passou a ser chamado de golpe militar. Depois da proclamação oficial da república, os oligarcas, para evitar qualquer resistência da monarquia, aclamaram o Marechal Deodoro como primeiro presidente da república. Ele assumiu o cargo com toda a equipe civil no poder, portanto, não houve militarismo. Depois de quatro anos, Deodoro foi substituído pelo Marechal Floriano, permanecendo todo o ministério anterior. Floriano exerceu o cargo ditatorial, com o apoio das oligarquias. A partir daí, todos os presidentes do país foram civis, os militares participavam dos governos apenas como ministros representativos das forças armadas.
Com o fim da ditadura Vargas, em 1945, que renunciou ao cargo, novas eleições foram convocadas, o Marechal Eurico Gaspar Dutra foi eleito e governou por quatro anos, sempre com uma equipe civil. Entre o governo de Floriano e Dutra, um militar chegou à presidência, o Marechal Hermes, que venceu Rui Barbosa em 1912. Até o Rui participou do governo do Marechal. O militarismo, como se pode ver, teve participação remota no poder nacional.
Em 1964 a direita conservadora do país, temendo a escalada do comunismo, usou o poder militar para legitimar um golpe, que depôs Jango da Presidência, com o aval explícito dos EUA, que não concebiam na América um Estado comunista. Ao longo do regime ditatorial, cinco presidentes passaram pelo cargo. Nenhum exerceu o poder militarmente, todos tiveram ministro civis que governavam de fato, permitindo que os presidentes militares permanecessem como chefes de Estado, deixando ao político o governo de fato.
Quem pede a volta dos militares ou o retorno da ditadura mostra total despolitização e uma falta de memória brutal. O ponto forte da ditadura 64/85 foi a censura, que impedia o acesso à informação, exatamente o que falta para os gênios que querem um regime de exceção no país.

PATRONATO
Durante a paralização dos caminhoneiros no final do mês passado, viu-se de tudo. O movimento foi chamado de greve, se todo o sistema de transporte tivesse parado, ai sim, seria uma greve. Faixas foram mostradas pedindo a volta dos militares. Que volta, se eles nunca vieram? Surgiram pedidos de tabelamento de preços de combustíveis. No Brasil não há tabelamento de preços, funciona o livre mercado interno ou os preços internacionais. Ninguém pediu a fiscalização da mistura que compõe os combustíveis
Também se falou em lock-out, quando os patrões impedem os funcionários de trabalhar. Isso não houve. Não se via caminhões de frota parados. A palavra é inglesa e significa literalmente : trancar por fora! (Era o que faziam os donos de fábricas na Inglaterra, deixavam os empregados fora das empresas).

LUSÓFONO
O príncipe regente de Portugal, D. João, veio ao Brasil em 1808; a rainha sua mãe, por motivo de demência perdeu o cargo. Ela morreu no Brasil em 1816. Somente em 1818, D. João foi aclamado e coroado rei, com o título de D. João VI.
O tempo entre a morte de D. Maria I e a coroação do novo rei foi um pouco longo porque o Clero impedia, alegando que a alma de D. Maria I ainda não estava liberada pelo purgatório.

GETULIANA
Antes de o Brasil entrar na segunda guerra, o país mantinha boas relações diplomáticas com a Alemanha de Hitler. Em 1941 a Alemanha mantinha prisioneira a judia Selma Moss, cuja cidadania havia sido cassada pelo nazismo. Como ela tinha um filho brasileiro, o governo Vargas recebeu vários pedidos para interceder pela libertação e extradição dela. O governo brasileiro ignorou todos os pedidos. Uma carta foi enviada pelo maior cientista da época, que também foi rejeitada. Nome dele: Albert Einsten.

GIRASSOL
Enquanto viveu, Vicent Van Gogh não vendeu um quadro sequer. Ele pagava suas contas com suas obras, que eram aceitas pelos credores por caridade e porque seu irmão, Theodorus, recolhia os quadros e pagava as contas. Depois que Vicent morreu, suas obras foram encontradas em vários locais. No porão de uma adega, o filho do dono praticava tiro ao alvo com os quadros dele. No aniversário da mãe, Vicent a presentou com um quadro, ela não gostou e usou a obra como porta de galinheiro. Vicent Van Gogh foi autor de um quadro leiloado em Londres, no último dia 5 de junho, por 8 milhões de dólares.

GOLE
Marcus Licinius Crassus foi o homem mais rico do império romano, cerca de 10% dos imóveis de Roma eram dele. Nas províncias conquistadas, Marcus comprava as sobras de guerra do governo e com isso se tornava dono de quase um país. Para não ser roubado ele depositava ouro em dezenas de locais diferentes. Era um agiota clássico. Quando foi denunciado, não chegou a nenhum julgamento oficial, foi linchado e obrigado a beber ouro derretido, confinado do seu estoque.
Foi Crassus quem comprou um exército inteiro para derrotar o escravo rebelde, Espartacus, crucificado com outros 10 mil revoltosos.

PENSAMENTO
O povo não pode dar ao Brasil o direito do fracasso.

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