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REMENDO
A nova politização brasileira tem como base a informação pelo acesso aos veículos digitais. O povo estava alheio aos fatos políticos do país e passou a participar superficialmente das notícias, formando opinião a partir de um parco conhecimento cotidiano, sem ter a profundidade que o tema exige, com isso, chega-se à conclusão que o cidadão participa como mero ouvinte, que sabe pelo método rudimentar de “ouvir falar”. O povo, portanto, trata a política que é a formação do Estado em que vive, como um modismo e repete nos meios sociais e nas áreas de convivência de cada setor da sociedade. Atualmente o povo fala em reforma porque ouve políticos e governantes pregando mudanças.
Todos pedem mudanças na saúde, habitação, constituição, sistema previdenciário, trabalhista, judiciário, penitenciário e, por extensão, passar o Brasil a limpo, expressão usada e abusada nos meios de comunicação. Logo veremos cartolinas em passeatas grafadas: reformar é preciso!
A reforma que o Brasil precisa, de fato, é a das pessoas que governam o país.

VERBETE
O Brasil tem o português como idioma oficial. Na nossa língua existe a palavra uxoricídio que define o ato de assassínio de uma mulher pelo seu ex-marido. Como a sociedade não tem meios para combater esse tipo de crime, que na separação de litigio um casal, em maior ou menor escala, pode acontecer, a solução foi criar uma palavra nova para definir o crime. Assim ninguém matará a ex-esposa.

TESE
O Presidente da República acredita que manda; o congresso nacional manda mas não acredita; o judiciário não manda nem acredita e o povo não manda e não acredita. Esse é o retrato do Brasil pendurado na parede da corrupção!

CADEIRA
Ouvimos muito de governantes do legislativo justificando falhas no mandato, que possuem legitimidade e além dela, porque tiveram um número grande de votos. Quanto à legitimidade, não resta dúvida, porém, o número de votos não faz de nenhum eleito superior aos seus pares nas suas respectivas Casas.
Hitler foi eleito com o maior número de voto pelo seu distrito. Na Câmara, foi eleito chanceler graças à votação que teve. Hitler era congressista na origem, passou a líder do partido nacionalista trabalhista (nazi-nazismo). Sua carteira de filiação era número sete, portanto, um dos fundadores.

CANHOTO
Nos anos 60, os estabelecimentos comerciais vendiam a prazo através de cadernetas, que foram sumindo dando lugar ao inglês carnet, logo aportuguesado para carnê. Perdura até hoje e no interiorzão do país, acreditem, ainda existe a velha caderneta. Certa vez, vi na mão de uma senhora um carnê de loja, perguntei o que era. Ela respondeu: é um carneiro! Antes de corrigi-la ela concluiu: “é um carneiro porque a gente fica pagando a vida toda manso como carneirinho”.

BOLO
Faz 60 anos que recebi o diploma do curso primário. Depois que terminei o curso, até hoje, nunca na vida precisei usar a raiz quadrada!

SORO
Em alguns faculdades de medicina, quando o aluno perde um paciente é considerado batizado. Certo dia, um estudante de medicina, colega de escola primária, me disse que o interesse de tratar o doente no hospital universitário era conservar o material de estudo vivo.

CONSELHO
Quando alguém se propõe a contar um segredo exclusivo, melhor é não permitir, porque ele mesmo contará a outros e o exclusivo levará a culpa pela divulgação.

DONZELA
Onde estão as meninas que colecionavam papel de carta? Estão, creio, colecionando alguma coisa que não é papel nem carta.

MARCHA RÉ
Desde 1948 que a indústria automotiva dos EUA não montam carros com câmbio manual, todos são automáticos. No Brasil, em meio a esse tempo, algumas montadoras lançaram a opção, que o brasileiro rejeitou. Nosso motorista quer o carro para ter o prazer de mudar a marcha manualmente. Em certa época também apareceram os modelos com teto solar. Foi a maior mancada, ninguém queria, porque os gozadores diziam que era para o chifre tomar ar. Atualmente estão em moda, não se sabe se é o teto solar ou a moda do chifre.

MANDARIM
Logo no início da ditadura, 64/65, a repressão prendia e arrebentava, bastava ser suspeito para ser detido. Um episódio pouco divulgado foi a prisão de nove chineses no Rio, que estavam numa missão comercial. Como a China era comunista, o CCC (Comando de Caça aos Comunistas), todos foram presos, torturados e condenados a dez anos de prisão. Com a intervenção de vários advogados e alguns juristas defensores dos direitos humanos, a pena foi mudada para expulsão, isso depois de dois anos. Quando as famílias deles vieram para cá, denunciaram ao governo chinês o tratamento que tinham presos. Recentemente um adido da embaixada do Brasil em Pequim foi abordado por um diplomata chinês, falando português. Ao ser perguntando se ele conhecia o Brasil, respondeu que sim. Noutra pergunta, ao responder o lugar que esteve aqui, ele respondeu: na cadeia (em português).

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