Ócios & Negócios

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CIVILIS
No primeiro milênio da nossa era, a Europa e parte da Ásia desconheciam o conceito Estado, que veio aparecer no século XIV; na Europa. Portugal foi o primeiro país a adotar, ainda que teoricamente, o estatismo. Os territórios nos dois continentes eram reinados com governos monárquicos ou teocráticos, nos quais os dirigentes governavam dos seus castelos fortificados. Com o tempo, os castelos foram ficando superlotados com os novos agregados e familiares, príncipes e princesas se casavam e moravam todos nos mesmos locais, sem contar com os primos, tios, cunhados e apaniguados (amigos do rei). A superlotação era preocupante porque colocava a segurança e o trono real em perigo, com as possíveis traições, revoluções e atentados. Os reis resolveram a situação com criatividade política, ao estilo de Maquiavel, que existiria meio milênio depois. Foram os burgos.
Os soberanos construíram palácios dentro dos seus reinos e os distribuíram entre seus familiares, nascia a burguesia, que não eram plebeus e também aristocratas. Os burgueses protegiam e eram protegidos pelos soberanos. Qualquer invasor tinha que passar pelos palácios burgueses estrategicamente localizados, que imediatamente eram apoiados pelas forças reais. Outra função importante dos burgos era a vigilância dos camponeses, plebeus de suma importância para a sobrevivência dos reinos, devido à produção de alimentos. Os burgos se encarregavam de cobrar as taxas reais, não expondo os reais à fúria dos aldeões, quando a produção era fraca e os impostos altos.
Nos tempos modernos, nas repúblicas, como a brasileira, os burgos mudaram de nome, o capitalismo denominou os burgueses atuais de “classe média”. Isso chega a ser uma blasfêmia política. A classe média nada mais é do que uma pobreza convencionada que é vizinha da aristocracia (ricos) e livre da miséria. Os “médios classistas” (burgueses novos) trabalham para manter o governo blindado dos possíveis movimentos plebeus e permitem que os miseráveis sociais mantenham as esperanças de galgar a escada social. A América Latina é uma “monarquia capitalista”, onde o capital reina absoluto. Por aqui importa mais uma queda da bolsa de valores, porque afeta os donos da riqueza, do que a alta no preço do feijão, que afeta o estômago da pobreza. Enquanto isso, a nova burguesia delira!

LAR DOCE LAR
Um casal recém casado, para iniciar um relacionamento social, resolveu programar visitar à noite para uma parte dos conhecidos e considerados amigos. Assim fizeram. Chegavam nas residências a certa hora e depois de uma conversa amistosa e troca de gentilezas, se despedia e voltava para casa. Tudo estava caminhando bem, várias visitas foram realizadas, até que em uma delas, lá pela hora de um tempo passado, com cafezinho e bolachas, o anfitrião se levantou, pediu licença para se retirar dizendo que estava na hora de dormir, porque tinha que trabalhar no dia seguinte. Não restou outra coisa às visitas do que sumir imediatamente.
Isso foi em Monte Alto, a história foi contada pelo casal visitante com nome e endereço de todo o elenco.

FARDA
Em plena ditadura da extrema direita brasileira, que os “impolíticos” chamam de ditadura militar, a censura mandava na mídia e nas artes. Em 1968 foi editado o Ato Institucional nº 5 (eles não eram numéricos recebiam o número pela ordem de edição), os mais rigorosos de todos e a censura chegou ao extremo.
Certa vez , um produtor teatral foi intimado a comparecer na sede da censura, no Rio de Janeiro, para depor sobre a frase “Krig-ha, Bandolo”, inserida em uma peça que estava em análise para liberação. O teatrólogo disse para eles pesquisarem nos gibis do Tarzan, personagem de Edgar Rice Burroughs. Os censores o ameaçaram de prisão, pela suposta gozação. Esperto, ele havia levado um exemplar da revista no bolso e mostrou-o para o censor-chefe. Realmente foi confirmada a frase e a peça foi liberada. Na linguagem dos reis dos macacos a frase era dita para um elefante, como um aviso de alerta. Tradução: Cuidado, inimigo! (o elefante entrava em ação).

ESCANTEIO
Uns anos antes da COPA do mundo de futebol de 1970, no México, um jornalista assumiu a comissão técnica da seleção brasileira, foi João Saldanha. Ele convocou os jogadores e logo de cara criou polêmica. como era do seu caráter, disse que Pelé seria dispensado porque era míope. O Rei fez os exames necessários e ficou provado seu estado normal de saúde. Os treinos começaram e a escalação definitiva estava pronta. Um certo tempo antes do início da Copa, o presidente da CBD (agora é CBF) disse a João Santana, um comunista declarado e feroz crítico dos militares, que o presidente Médici (aquele do radinho de pilha na orelha ouvindo a narração dos jogos, uma falso populismo), exigia a escalação de Dadá Maravilha, que segundo ele, Médici, tinha que ter um lugar garantido no time. Saldanha respondeu: “Avisa seu chefe que eu não me meto na escalação dos seus ministros e ele não se mete na do meu time”. No dia seguinte foi despedido do comando.
Entrou Zagalo com o time pronto, convocou Dadá, que jogou meia partida no México em jogo ganho, para alegria de Médici, fez um gol. Saldanha não deixou barato, na rádio que trabalhava, disse que o time jogou para Dadá e não contra o adversário. Como foi a primeira vez que a TV mostrou a transmissão em cores, foi o evento que mais audiência deu. A imagem do radinho ganhou o mundo.
Saldanha recebeu o apelido da imprensa de João-Sem-Medo.

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