IDENTIDADE
Para tudo há um nome, menos para o Nome! O nome do Nome é uma incógnita multibilenar. Hamurabi, criador do código de justiça mais conhecido do mundo, não conseguiu dar um nome ao Nome. Moisés, que salvou ou inventou uma nação que acabou com a harmonia na Terra, não nomeou o Nome. Os gregos, cuja soma do QI não foi superada até hoje, que comiam e bebiam filosofia o dia todo, não registraram um nome para o Nome. Jesus e os Doze apóstolos, mesmo pescando e contando história de pescador, não deram nome ao Nome, o peixe teve mais sorte, ganhou um nome. Buda, ordem cronológica à parte, na sombra da figueira, deu nome ao morto, ao pobre, ao ferido, ao mendigo, sem ter um nome para o Nome, desistiu e foi ao Tibete.
Se o Mundo não tem nome para o Nome, você tem! Você tem não porque é mais inteligente do que ninguém – é mais burro. O nome do Nome é o seu, o qual você jamais conseguiu dar a si mesmo: recebeu de outros quando nasceu!
SEM FIO
Os celularistas (Aquele que é governada pelo celular) usando a inteligência total, digitam mensagens de texto, cuja finalidade é transmitir informações, notícias ou opiniões ao destinatário. Isso é fruto da tecnologia, que nada há de mal sem ser usado, desde que não abusado. Também há quem assine um atestado de burrice quando digita texto e em seguida liga para confirmar o recebimento da mensagem. Em termos físicos seria o mesmo que correr ao encontro de alguém, dar um abraço e perguntar: eu estou aqui!
FATO REAL
Dois funcionários de uma indústria de Monte Alto resolveram faltar ao trabalho para pescar (quando havia rios para isso). Estavam numa boa quando apareceu na margem oposta um dos três sócios da empresa, com linha, vara e tudo. Ele faltou para pescar! Quando o empresário avistou os dois ficou apavorado, porque eles certamente iriam espalhar para a empresa toda e seus sócios ficariam sabendo. O rio era estreito, na verdade, um córrego e o patrão tratou logo de cumprimentar os empregados cortesmente, o que raramente fazia na empresa. Foi correspondido e a pescaria seguiu em silêncio, sem peixe!
Na manhã seguinte, os dois chegaram à fábrica e o porteiro mandou que fossem falar com o diretor. Entraram na sala do “diretor pescador” que nadou que se sentassem. Em seguida, disse-lhes: “quero agradecer por vocês terem me levado ao hospital ontem e aqui estão seus dois atestados médicos, já que pegariam a mesma gripe que eu”.
TELÃO
No auge do cinema, que logo foi chamado pela mídia de Sétima Arte, Monte Alto tinha duas salas de exibições, Cine Theatro Guarany e Cine São Jorge. Os frequentadores eram os assalariados, os riquinhos nunca tinham grana para o ingresso. Ficavam vendo os cartazes e perguntando o final para quem saia. Muitas vezes os donos aumentavam o preço do ingresso enquanto que o salário dos proletários não subia. O preço do ingresso afetava a meia-entrada dos estudantes, que faziam o que podiam, a famosa fila-boba. O estudante ficava na fila, no guichê não comprava o ingresso, voltando para o final, ninguém entrava e a fila permanecia.
ANTENA
A televisão no Brasil surgiu em 1950. O pioneirismo coube a Assis Chantebriand Bandeira de Mello, fundador da TV Tupi de São Paulo e do Rio. As emissoras lideraram a audiência nacional até 1960, quando a TV Excelsior passou à frente.
Surgiram na mesma época, em São Paulo a TV Record e a TV Paulista, no rio além das duas apareceu a Mayrink Veiga. Uma série de acontecimentos, inclusive incêndios levaram as emissoras à falência. Surgiu com força total a TV Globo, que dominou a audiência a partir dai, com a programação alavancada pela dramaturgia. A emissora apoiou o Golpe Militar de tal maneira que era chamada de TV chapa branca pela esquerda militante. Na época surgiram os aparelhos de TV com controle remoto, o que proporcionava a troca de canais comodamente do sofá. A Globo não fazia publicidade (Lenda?) do sistema para não facilitar ao telespectador a procura de canais, porque se dizia que a TV era ligada no canal dos Marinhos, permanecendo o dia todo, até ser desligada a noite, quando saia do ar, a meia-noite. Era uma audiência absoluta, globadissima.
MERENDA
A mortadela, atualmente uma iguaria fina, no tempo da escola do Grupo Escolar (nome dos estabelecimentos na época), era a base do lanche de recreio. Era coisa de aluno pobre (rico levava barra de chocolate), que escondia o pão seco com a mortadela mirrada para não passar vergonha. Para agravar, dizia-se que a mortadela era feita com carne de cavalo velho.
CORRUPTUS
A sociedade humana se manteve como tal em toda a Terra, graças à corrupção. Está na índole humana o prazer de comprar o semelhante, tanto através de suborno material e físico, quanto por via mental. A corrupção não é exclusiva da política, que apenas adequou o sistema universal religioso, social, familiar e tribal.
Na Bíblia judaica, adotada pelos cristãos, Jacó comprou os direitos de primogenia de seu irmão gêmeo, Esau, por um prato de lentinhas. Os cristãos, em Roma, tomaram posse do império, com a venda de indulgências. Thomaz de Torquenmada era subordinado para salvar judeus da fogueira, que pagavam o suborno com a delação até de familiares. Não existe no mundo, sequer, uma república que não tenha se originado da corrupção. Todos os povos da Terra exigem transparência dos seus governantes, mesmo que levados ao poder pela corrupção popular, que é verdadeira, ainda que moral. Está na hora de se pagar tributo à consciência!