POLITIQUIRAGEM
Segundo os antigos montealtenses nascidos no início do século XX, até 1920 a política de Monte Alto era coesa, participativa, independente de partidos e ideologia, ou seja, as diferenças aconteciam apenas nas campanhas eleitorais; após os resultados, os que não eram eleitos aderiam aos que venciam para governar em conjunto.
Havia a oposição como é próprio da política de sempre; porém, quando os interesses do município e da comunidade a união entre todos era inevitável, enfim todos eram governo. A partir de 1920 as divisões políticas partidárias e idealísticas afloraram além-palanque, iniciando uma oposição sistemática desrespeitando a ética e a conduta norminativa extrapolando o caráter pessoal dos envolvidos, no que se convencionava chamar de governo e oposição, chegando até o boicote.
Essa rivalidade politicamente criminosa atingiu o auge com um fato acontecido em 1955 no governo estadual de Adhemar de Barros.
O acontecimento tornou-se uma piada nacional, quando os humoristas narravam em seus shows. Quando Adhemar assumiu o governo, com a pretensão de se candidatar a presidente nas eleições seguintes, resolveu convocar prefeitos e presidentes das câmaras de todo o interior do Estado.
Seus assessores mapearam o interior formando grupos de cidades para a apresentação reivindicatória no palácio da capital. Todas as regiões foram representadas com até cinco cidades cada vez. Monte Alto foi agrupada com Matão, Jaboticabal e Taquaritinga.
Prefeitos e presidentes das câmaras, na data agendada, foram ao palácio do governo; cada cidade era chamada separadamente, pelo secretário pessoal de Adhemar, e cada cidade solicitou ao governo o que mais tinha necessidade, como escolas, pontes, viaduto e faculdades.
Na vez de Monte Alto, o secretário com o governador, perguntaram do que a cidade estava precisando do Estado. Falou o prefeito: “governador precisamos que V. Excia. exonere o nosso sub-delegado de polícia, o atual não está correspondendo ao que a cidade precisa”.
(Dizem que o governador proibiu seu secretário de divulgar aos demais prefeitos a gafe absurda de Monte Alto, ele mesmo tornou o fato uma piada e queria contá-la pessoalmente).
A coluna publicou a história várias vezes, sempre atendendo pedidos e sugestões dos leitores. Foi um fato – oxalá fosse lenda!
PRIMEIRO EMPREGO
Nos anos 1970, preocupado com o desemprego da juventude, o governo federal lançou um programa nacional proporcionando à juventude a facilidade para se empregar a primeira vez no mercado.
Os jovens preenchiam um pedido e o entregavam aos empregadores que depois de uma seleção convocavam os candidatos para uma entrevista. Tudo certo, se não fosse uma coisa: na entrevista, o futuro patrão perguntava ao jovem – você tem experiência?
CINEMASCOPE
No tempo do cinema havia a figura do lanterninha que ligava a luz para alertar os namorados no escuro, que avançavam o sinal, diga-se os namorados e as namoradas, porque se um não quer dois não fazem.
Quando uma donzela dava o for no mancebo, este se vingava, dando uma graninha para o lanterninha dar um facho na dita cuja e no novo rival – até retirar do cinema, se necessário.
ONCOLOGIA
De tempos em tempos aparece no mercado algum medicamento milagroso que cura câncer. Uma vez vi numa entrevista na TV um médico respondendo a um jornalista que afirmara saber de uma cura de câncer. Ele respondeu: “se teve cura não era câncer”.
Em 1967, Monte Alto foi invadida pela notícia que a casca do ipê-roxo fervida como chá curava câncer. Em uma semana os ipês-roxos das nossas serras foram descascados e alguns arrancados com raiz e tudo.
Consequentemente todos morreram. Até o surgimento da notícia milhares de ipês-roxos existiam nas serras.
Atualmente são raros os que sobreviveram. Não existem nem para remédio! (Belo trocadilho).
PAVIO
Muitos cristãos e católicos atribuem o uso da vela nos seus rituais, como uma forma simbólica para iluminar as almas ao subir no céu ou plano de direito, como portador da fé cristã. Claro que não é exatamente isso:
A vela nos rituais existem como forma de substituírem as tochas dos templos pagãos.
OCEANO INDICO
As Ilhas Maurício foram colônias da Hollanda e da França, atualmente são Estados independentes, ainda são duas, uma parte é protetorada da Holanda e outra da França, ambas têm uma cultura rica herdadas dos dois colonizadores.
Um destaque é o monumento homenageando o escrito franco-holandês, Pierre Saint Bernaiday, autor do romance Paulo e Virginia, cujo drama se passa nas Ilhas.
COLOMBO
Em 1492, narra a história que Cristóvão Colombo descobriu a América. O genovês fez quatro viagens ao Novo Continente e nunca descobriu a América continental, ele aportou em dezenas de ilhas pertencentes a América, a cada qual deu um nome que prevaleceram ou mudaram.
A primeira que ele chamou de Hispaniola (Óbvio) atualmente é a Republica Dominicana e parte dela o Haiti. Colombo aportou na Jamaica, em Cuba e outras mais. Como ele não contornou Cuba, sempre pensou que era a China e na quarta viagem admitiu que era um Istmo, nunca aceitou ser uma ilha.
Por duas vezes Colombo chegou ao continente, a primeira foi quando adentrou no Rio Orinoco e já para aportar na Venezuela, ele recuou e disse: vamos voltar, Deus não me deu permissão para entrar no Paraiso.
Na terceira viagem ele aportou na costa da Flórida, porém, ficou no barco, à distância. Eram tantas flores que ele a chamou de Florida. (Flora em espanhol).
As quatro viagens de Colombo: 1) 1492/1493 – 2) 1493/1496 – 3) 1498/1501 – 4) 1502/1503.