BRASIL MUNICIPAL
O Brasil é um grande município formado por 5.570 bairros autônomos, os quais são dirigidos por 5.570 prefeitos, com igual número de vices. Metade dos prefeitos apenas ostentam o título e metade dos vices desempenham o papel que o rei Charles II da Inglaterra ostentava como príncipe esperando a mãe morrer; na república os vices ficam à espera do afastamento do titular por qualquer motivo.
Além dos 11.140 eleitos, o Brasil Municipal conta com cerca de 70.000 figuras chamadas de vereadores, também eleitos pelo povo. O vereador é o cargo mais importante da república, cuja função é criar leis e preservar as existentes sempre atendendo às necessidades da população. Cabe aos vereadores também a fiscalização do denominado poder executivo, independente do prefeito e do vice serem ou não do mesmo partido, que aliás, ao assumir os cargos deveriam por razão ética desfiliarem-se do partido, prefeito e vice politicamente deveriam ser independentes, para que a neutralidade seja uma característica fundamental dos cargos.
A importância do vereador está na proximidade do povo, principalmente daquele eleitor que confiou seu voto, desde que livre e isento. Convém lembrar que as duas partes, eleitor e candidato, fundamentam a democracia, no entanto ambas em muitos casos tendem à corrupção cultural política que assola o Brasil Municipal.
Fica a pergunta: quem é o mais corrupto, o povo eleitor ou o candidato? Como a maioria imaginou que o título nessa categoria fica com o candidato, corrigimos a resposta, o corrupto titular é o ELEITOR. São os eleitores que fazem propostas indecentes aos candidatos – em outras palavras – vendem o voto.
Como elegemos cerca de 80.000 políticos para prefeitos, vices e vereadores, dá-se a impressão de que o Brasil Municipal é um estado democrático. Não é!
Essa horda eleita diretamente não governa ninguém de fato, porque os 5.570 prefeitos, como faria um bom rei ou um príncipe ou ainda um imperador, tem a prerrogativa legal de nomear por conta própria cerca de 20 membros entre secretários e diretores, que nunca foram votados e os nomeados por competência e técnica se misturam com os nomeados politicamente e por serem amigos do rei, que assumirão os destinos do Brasil Municipal.
Quanto ao Brasil Federal, em breve, sofrerá uma lavagem moral: Oremos!
FRASE
“Para prestigiar a próxima canção pedimos aos que estão sentados nas cadeiras baratas que batem palmas e os demais que chacoalhem as joias”. (John Lennon, durante um show dos Beatles em um clube aristocrático em Nova Iorque).
VESÍCULA
Os rins têm seus cálculos renais e as vesículas têm seus cálculos biliares, que ao contrário dos renais, não tem tratamento, a solução é a cirurgia. (Tenho um faz 10 anos e prolongo a cirurgia, por medo e por falta de sintoma).
Os bois e as vacas também têm seus cálculos biliares, cujo nome é bezoar e valem o preço das mais raras pedras preciosas. O que tiver de bezoar no mercado é comercializado na hora. A cotação é variável. A pedra humana não vale um pedregulho e os médicos cirurgiões até presenteiam os pacientes.
JALECO
Os hospitais universitários encarregam os estudantes como responsáveis por cada ala, os grupos individualizam o atendimento. Cada aluno se encarrega do tratamento de um paciente, que quando em alta, é substituído por um novo.
Como nem sempre o aluno tem sucesso no tratamento e o paciente morre, passa a ser chamado como perda. O primeiro paciente perdido pelo aluno é o batismo de fogo. O feito é celebrado, porque o fato o torna um verdadeiro médico, já que a carreira é feita de curas e mortes. Nenhum médico escapa dessa rotina.
BATALHA
Em toda a história da humanidade o mundo esteve mais tempo em guerra do que em paz. Também as guerras aconteceram mais em função das religiões do que qualquer outro motivo.
Todos os estados modernos e antigos reinos tiveram ministros de guerra. Não se tem notícia da existência de um ministro da paz.
DOCE MEL
Um doce saboroso feito com amendoim e mel ou com melaço é chamado de pé-de-moleque. Alguns até têm o formato de um pé de garoto. A forma é errada porque o nome nada tem a ver com um pé de moleque ou adulto.
O nome surgiu na Bahia, em Salvador, quando as baianas ficavam na rua vendendo doces, como cocada, paçoca e o de amendoim, nos tabuleiros. Quando elas se distraiam, conversando entre elas, os moleques passavam correndo e furtavam os doces.
As baianas, furiosas, gritavam: pede, moleque! (Eles não pediam nada).
PROVA ORAL
O professorado de todas as escolas locais de todas as séries, apenas por curiosidade, devem perguntar aos alunos da cidade o nome daquela construção no centro da Praça Central (Jardim) de formato redondo com escada de acesso. Alguns até podem responder que é um coreto. Emenda a pergunta: para que serve? Ou: para que foi usado?