REPÚBLICA E REPUBLIQUETAS
O Brasil é uma República proclamada, ou seja, foi formada e constituída sem a ação do voto, bastou o Congresso para ser consolidada.
Como o País não nasceu República, o sistema governamental custou tempo para ser referendado popularmente. Assim que proclamada, a república foi violentada pelo seu proclamador, Marechal Deodoro da Fonseca, que no dia 15 de novembro à noite, foi levado às pressas de sua casa, onde estava deitado cuidando de alguns sintomas de gripe, segundo alegou sua esposa. Ele, Floriano Peixoto e o alto comando militar não aceitavam um civil comandando as forças armadas. Os EUA, nossos protetores perpétuos, proclamaram a República deles juntamente com a Independência.
Na gíria popular do norte brasileiro, enquanto o Brasil levava o milho ao moinho os norte-americanos voltavam com o fubá. As doze repúblicas, formação inicial, depois de vencerem a guerra da Independência, saíram com o troféu da república solidificada com dois grandes partidos políticos reconhecidos pelo povo, o Democrático e o Republicano. Assim que a criança nascia já escolhia um ou outro, até o final da vida. Tornaram-se a maior nação do mundo, porque em 4 de Julho de 1.776, nasceram politicamente democratas ou republicanos, com um modelo surreal, um fiscalizava o outro ao mesmo tempo, se aliando contra as agências recém criadas, que estavam abusando do poder que lhe fora confiado. Uma vez fiscalizadas, punidas ou reconhecidas, o país se tornou uma Nação e passaram a chamar as repúblicas de republiquetas pela desorganização. Foram todas as ilhas do Caribe libertadas pela Europa e o Brasil entrou no meio – uma grande republiqueta das bananas.
O que se faz agora com petróleo, ou seja, o Brasil exporta óleo bruto e compra refinado, igualzinho como diz o ditado em caipirês: os idiotas levam o milho enquanto os espertos voltam com o fubá.
CHINATWONN
Alguém no Brasil venderia água para a China? Claro que não, em pouco tempo eles esvaziariam o rio Amazonas levando a água de aviões pipa. Pois bem, nosso próprio país vende nossa preciosa água em forma de grãos, soja, milho, sorgo e outros.
Segundo os plantadores de grãos, para cada tonelada de soja há uma de água para produzi-la. Um bezerro, do nascimento à idade de corte, toma 15 mil litros de água.
O Brasil vende para o estrangeiro um navio de soja com um milhão de toneladas. No acerto de contas em dólar, apenas no papel, nosso país quando credor recebe o pagamento certinho – pelo navio na compensação chega uma maletinha com componentes eletrônicos e chips valendo o dobro da soja.
MÍDIA SELETIVA
Quando acontece um acidente automobilístico envolvendo um carro de luxo tipo Mercedes, Ferrari, Porshe ou Rolls Royce, as notícias invadem os meios de comunicação provocando manchetes e especulações; como quem tem veículos nessa faixa são os ricos e famosos ou celebridades, surgem os fatos e versões de todos os tipos, buscam culpados e irresponsáveis por todos os lados.
Se um acidente acontece com os carros tradicionais populares, ou seja, dos pobres, ninguém publica o fato, se alguém faz é para acusar os envolvidos de consumo exagerado de bebida alcoólica ou drogas. Pobre e carro de pobre não dá audiência ou ibope.
TREZE PONTOS
Os jogos de azar foram proibidos no Brasil em 1.941. Apenas as corridas de cavalos permaneceram, porque é coisa de rico, portanto não é jogo, é lazer e esporte, mesmo que as apostas sejam milionárias nessa atividade.
A lei na época proibiu até as rifinhas tipo ‘ação entre amigos’ e todos os jogos passaram a ser contravenção penal, não exatamente um crime. Os cassinos foram fechados, os clubes de carteados proibidos, a briga de galo entrou no processo e assim por diante. Em 1.960 o governo criou a Loteria Esportiva, como o jogo era proibido, deu-se o velho jeitinho, os sorteios através dos resultados do jogos de futebol passaram a ser chamados de teste, isto é, uma experiência, se desse certo mudaria para jogo e alguma lei seria criada. Isso nunca aconteceu, a loteca como passou a ser chamada popularmente, nasceu e vive como teste.
FERRADURA
Todos os jogos de azar, como o nome diz, são vícios morais, diferente do uso de drogas que é dependência química. Entre todos os jogos o mais viciante é a aposta nas corridas de cavalos, praticamente em todos os países ocidentais.
Em São Paulo tem o Joquei Clube, onde são realizadas corridas diárias e em datas especiais os chamados grande prêmios. Quem vai assistir por curiosidade as corridas não acredita no fanatismo dos apostadores nas arquibancadas. A gente deixa de olhar na pista para ver os cavalos, para ver como se comportam os que apostam. Eles rasgam a camisa, arrancam os cabelos, falam os piores palavrões, agridem os que estão perto, atiram garrafas e latas de bebidas, enfim, são cenas indescritíveis. Uma clássica piada nas corridas narra que alguém avisa um apostador que sua mãe havia morrido e ele pergunta: Em que pareo?
AXIOMA
Até um relógio quebrado acerta as horas duas vezes no dia.